Prisão de Cunha pode acelerar no Congresso “operação abafa” Lava Jato
Após a prisão de Eduardo Cunha e eventual delação premiada do peemedebista e ex-presidente da Câmara, deve ganhar corpo no Congresso acordos para uma “operação abafa”.
Não será surpresa se houver uma aliança pluripartidária para isso.
O movimento deve começar no Senado com um projeto de Romero Jucá (PMDB-RR) que conta com a bênção de Renan Calheiros (PMDB-AL). Não por acaso, os dois são alvos da Lava Jato.
O projeto muda a definição de abuso da autoridade e aumenta as punições de membros do Ministério Público e da Polícia Federal que sejam pegos, por exemplo, vazando informações ou promovendo prisões consideradas espetaculosas.
Tudo isso é uma tentativa de conter a operação, que ameaça se espalhar por todos os partidos.
A origem do pânico entre as siglas foi a mãe de todas as delações, aquela fechada por Marcelo Odebrecht e mais de 50 executivos da maior empreiteira do País, que ameaça colocar no fogo políticos de todas as bandeiras.
Com Cunha preso, a operação deve ser acelerada.
Eduardo Cunha foi, por muito tempo, o “caixa único” do PMDB, responsável por fazer a ponte entre grupos empresariais importantes, congressistas e caciques do partido. Ele intermediava interesses dessas empresas no Congresso e, em troca, passava a “sacolinha” e recolhia as doações para candidatos do PMDB Brasil afora.
Não é pouco o que Cunha sabe e não é pouco o que ele pode entregar, caso resolva realmente falar e caso o Ministério Público aceite sua delação.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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