Prisão de Cunha pode acelerar no Congresso “operação abafa” Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 20/10/2016 12h08
Geraldo Magela/Agência Senado - 11/03/15 Renan Calheiros e Romero Jucá - ASENADO

Após a prisão de Eduardo Cunha e eventual delação premiada do peemedebista e ex-presidente da Câmara, deve ganhar corpo no Congresso acordos para uma “operação abafa”.

Não será surpresa se houver uma aliança pluripartidária para isso.

O movimento deve começar no Senado com um projeto de Romero Jucá (PMDB-RR) que conta com a bênção de Renan Calheiros (PMDB-AL). Não por acaso, os dois são alvos da Lava Jato.

O projeto muda a definição de abuso da autoridade e aumenta as punições de membros do Ministério Público e da Polícia Federal que sejam pegos, por exemplo, vazando informações ou promovendo prisões consideradas espetaculosas.

Tudo isso é uma tentativa de conter a operação, que ameaça se espalhar por todos os partidos.

A origem do pânico entre as siglas foi a mãe de todas as delações, aquela fechada por Marcelo Odebrecht e mais de 50 executivos da maior empreiteira do País, que ameaça colocar no fogo políticos de todas as bandeiras.

Com Cunha preso, a operação deve ser acelerada.

Eduardo Cunha foi, por muito tempo, o “caixa único” do PMDB, responsável por fazer a ponte entre grupos empresariais importantes, congressistas e caciques do partido. Ele intermediava interesses dessas empresas no Congresso e, em troca, passava a “sacolinha” e recolhia as doações para candidatos do PMDB Brasil afora.

Não é pouco o que Cunha sabe e não é pouco o que ele pode entregar, caso resolva realmente falar e caso o Ministério Público aceite sua delação.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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