Prisões devem ser feitas dentro do limite da lei; o processo-crime é sagrado
Joseval Peixoto fala sobre valores fundamentais do Direito que sustentam o estado democrático, a pretexo das prisões na Operação Lava Jato. Mais cedo, no Jornal da Manhã, o comentarista e apresentador, formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), discutiu com o historiador Marco Antonio Villa sobre o assunto (ouça no áudio abaixo).
A Constituição tem vários princípios e são todos formais. O Direito é formal. “Forma dat esse rei”, a forma dá existência à coisa, diz máxima em latim. A forma é o que distingue um espelho de um vidro do carro, ou do lustre, ou da lâmpada. Na sua essência tudo é vidro. O que nos faz distinguir é a forma.
Por que condução coercitiva? Por que ser algemado e preso para prestar depoimento? Não há razão.
O processo-crime é o que há de mais sério do mundo. Citando autores consagrados, Joseval cita: tudo no processo tem que ser claro como a luz e cristalino como a grandeza algébrica.
E também: minhas mãos tremeriam se eu tivesse que condenar alguém sem a certeza da culpabilidade.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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