Propaganda pode criar estados mentais, emocionais ou passionais

  • Por Jovem Pan
  • 18/09/2014 17h13
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As punições que a Justiça Eleitoral está sendo levada a fazer, ou já fez, põem em discussão esse horário que os candidatos têm no rádio e na tv para se comunicar com os eleitores?

Eu concordo em gênero, número e grau com o procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, na sugestão que ele deu em parecer ao TSE para suspender a veiculação do filmete de campanha de Dilma Rousseff que ataca a proposta de economia do Banco Central apresentada por Marina Silva, que a está enfrentando nas eleições.

Segundo Janot, a propaganda pode criar estados mentais, emocionais ou passionais entre os eleitores.

Bom, o filmete é de um cinismo atroz. Quer fazer passar ao eleitor a impressão de que a proposta de autonomia do Banco Central significa entregar a política na mão dos banqueiros. O cinismo é muito grande porque nenhum governo republicano foi tão servil aos banqueiros como foi o governo Lula e o Lula nomeou presidente do Banco Central um banqueiro internacional, o goiano Henrique Meirelles.

Além disso, não há nenhuma relação entre dar autonomia ao BC e entregá-lo aos banqueiros. Trata-se, evidentemente, de uma mentira.

Não é a única mentira, porque o horário eleitoral goza de duas prerrogativas de impunidade. A primeira é que ele pode falar bem mentirosamente do candidato e falar mal do adversário, chega qual for o pretexto. Nem os critérios do CONAR, que regem a ética da propaganda, valem no horário eleitoral. É um absurdo porque se pode mentir de forma absurda, agressiva e terrorista – como é o caso específico desse filmete e de outros da campanha do PT à presidência da República, desde que se descobriu que a candidata pode perder para Dilma… PARA MARINA SILVA.

O Tribunal já tomou uma atitude correta quando tirou do ar um site que é feito por Franklin Martins, que claramente faz propaganda eleitoral, que é proibido pela lei. Espero que também siga agora o parecer do procurador.

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