PSDB assume posição perigosa e pode ir com Temer para o brejo

  • Por Jovem Pan
  • 05/06/2017 13h38
Brasília - O presidente interino Michel Temer durante cerimônia de posse aos ministros de seu governo, no Palácio do Planalto. À esquerda, o senador Aécio Neves (Valter Campanato/Agência Brasill) Valter Campanato/Agência Brasill Aécio Neves e Michel Temer - PSDB e PMDB

O sempre enigmático PSDB vai ter um papel fundamental para definir se o presidente Michel Temer tem alguma chance de se manter no cargo ou não.

A executiva paulista do partido se reúne na noite desta segunda (5) e analisa proposta de rompimento imediato com o presidente. Mas o tucanato paulista tem sido apaziguado pelo governador Geraldo Alckmin.

Assim, o PSDB volta a seu poleiro de estimação: o muro na política. Ele não quer romper agora nem ficar como fiador de um governo que lá na frente pode se mostrar inviável, se surgirem novas evidências do comprometimento de Temer em crimes.

O partido está no fio da navalha. Participam da reunião o prefeito João Doria e os principais prefeitos de cidades do ABC, de Santos, Ribeirão Preto. Eles devem seguir a linha ditada por Alckmin, Fernando Henrique Cardoso e até Aécio Neves, que segue articulando sobre os destinos do partido, mesmo retirado em sua casa, após ser afastado do Senado.

Com isso, o partido assume uma posição perigosa para 2018.

Se ficar como grande fiador político desse governo, que já tem pouquíssima sustentação política e caminha para a inviabilização jurídica, o PSDB pode ir com Temer para o brejo, se ele assim caminhar.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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