PT imita valores típicos de duas ditaduras; entenda

  • Por Jovem Pan
  • 16/09/2014 12h58
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Reinaldo, por que você diz que, mais uma vez, o PT imita valores típicos das duas ditaduras havidas no período republicano?

Explico. Os que já andam aí pelos 50 e poucos – 53, no meu caso – se lembram de um dos lemas infames da ditadura militar: “Brasil: ame-o ou deixe-o”. Amar, estava claro, implicava concordar com as decisões oficiais e aderir ao clima de entusiasmo alimentado pela máquina publicitária – que era pinto, diga-se, perto do que faz o petismo. Os incomodados, então, que se mudassem. Considerando que, no período, muitos brasileiros estavam no exílio, não se tratava apenas de ufanismo burro; ele era também truculento.

Mas a ditadura militar, na violência ou na máquina de propaganda, ainda perdia para o Estado Novo, que vigorou no país entre 1937 e 1945 e que foi liderado por Getúlio Vargas, o ditador mais violento que o Brasil já teve. Governou como um autocrata a partir de 1930 e como um tirano a partir de 1935. Terminou seus dias como herói. Fazer o quê? Sigamos.

Getúlio chegou a criar uma cartilha que foi enviada às escolas. Na capa, ele aparece abraçando criancinhas, uma imagem que mimetizava a peça de propaganda de Hitler- como esquecer a simpatia de Getúlio pela Itália fascista e pela Alemanha nazista? No livrinho, aparecia a mensagem do ditador aos infantes. Ouçam:

“Crianças,

Aprendendo, no lar e nas escolas o culto da Pátria, trareis para a vida prática todas as possibilidades de êxito. Só o amor constrói e, amando o Brasil, forçosamente o conduzireis aos mais altos destinos entre as nações, realizando os desejos de engrandecimento aninhado em cada coração brasileiro.

Getúlio Vargas”

Por que, ouvintes, estou a lembrar essas coisas? João Santana, o marqueteiro de Dilma Rousseff, criou uma personagem que vai ser usada na campanha eleitoral: é o Pessimildo. A ideia é ridicularizar as pessoas que criticam o governo, transformando-as numa caricatura. Pode não parecer à primeira vista, mas se trata de um óbvio incentivo à intolerância.

O pessimista – ou Pessimildo – é, assim, um sujeito de maus bofes, que padece de algum desvio ou patologia. Não é que existam problemas no país. Claro que não. A exemplo do que ocorria nos Brasis da ditadura militar ou da ditadura getulista, o erro está em quem aponta o malfeito, está nos inconformados. Eles é que precisam de conserto e de reparos.

Durante a ditadura militar, a esquerda ironizava a pregação oficial, a exemplo do que se vê nessa tirinha do cartunista Ziraldo, que eu publico lá no meu blog. Hoje em dia, a “companheirada” aderiu ao ufanismo truculento do lulo-petismo.

Não tardará, e os petistas ainda acabarão propondo que os críticos do seu modelo sejam mandados para o hospício. Afinal, como sabemos, é preciso estar louco para considerar ruim um governo que produz um crescimento inferior a 0,5%, uma inflação de 6,5% com juros de 11%. Só mesmo um Pessimildo para não reconhecer a grandeza de tal obra. No fundo do poço da vergonha que o PT não sente, ainda existe um alçapão.

 

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