Quanto mais Trump afunda, mais chafurda na lama
Nunca pensei que Donald Trump pudesse pôr uma mordaça na boca, ou, em termos metafóricos, no Twitter. Nunca achei que aceitasse alguma disciplina ou filtro na campanha.
Quanto mais Trump afunda nas pesquisas, mais ele chafurda na lama e espiroca na sua realidade alternativa.
Trump vai à carga contra “inimigos”, inclusive de seu próprio partido.
O bilionário bufão não vai sozinho para o esgoto, mas quer arrastar consigo Bill Clinton, o marido de Hillary. Cill se tornou o principal alvo da campanha de Trump e foi alcunhado de estuprador.
Uma fera ferida assumiu que se libertou dos grilhões. Vale tudo. Ele agora simplesmente vive na sua realidade alternativa, adorado por seguidores da seita.
Nos comícios, Trump incentiva gritos para que Hillary seja presa e de hostilizações à imprensa.
Trump é cada vez mais isso aí: uma mistura de apresentador de reality show com Berlusconi e Mussolini.
Com frequência e com o seu pêndulo conspiratório, Trump diz que o sistema é fraudulento e a eleição será roubada dele.
Trump trata a mais poderosa democracia do mundo como uma república de banana. Tem lógica. Afinal, ele se comporta cada vez mais como um ditador bananeiro.
O Partido Republicano amarga o monstrinho que cultivou. Existe caos e pânico no partido.
A dúvida é sobre a margem de vitória de Hillary Clinton em 8 de novembro. Entre os republicanos nacionais, o foco é impedir que o furacão Trump se alastre e o partido perca o controle do Senado e, num cenário remoto, até o da Câmara.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.