Reformas estão enterradas e novo presidente teria mandato-tampão moral
Após reunião no palácio do Planalto
ABR - Após reunião no palácio do PlanaltoO comentarista Jovem Pan Carlos Andreazza avaliou o cenário político turbulento do Brasil em meio a acusações que envolvem o presidente Michel Temer.
Com a saída de Aécio Neves da Presidência do PSDB, já confirmada, o PSDB ficará à vontade para o pedido de renúncia de Michel Temer. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em sua primeira manifestação, já fala em “renúncia”. “O País tem pressa”, diz.
“É lamentável o oportunismo de vários políticos”, critica Andreazza, citando o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) “dando um bico na Constituição Federal e, sem menor constrangimento, se colocando candidato”. Em entrevista à Jovem Pan, Caiado defendeu a renúncia de Temer e a aprovação de uma PEC por uma antecipação da eleição direta.
“Uma vez que ele caia, renuncie, eleição indireta, voto do Congresso Nacional”, resume Andreazza, citando a Constituição. “A tendência vai ser por (escolher) alguém do establishment”. Fala-se em um “consenso” em torno de alguém que viesse do Judiciário.
Nesse “mandato-tampão”, um novo presidente não teria condições de fazer a reforma. “Seria um mandato-tampão moral”, afirma.
“Esqueça grandes reformas nesse período. As reformas estão enterradas”, decreta.
Andreazza diz ainda que “seria um desastre” o ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
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