Renan Calheiros é símbolo nefasto das velhas e corrosivas oligarquias

  • Por Jovem Pan
  • 06/04/2017 11h53
Senado e Câmara analisarão vetos e projetos relativos a temas orçamentários e ao ajuste Antonio Cruz/Agência Brasil Presidente do Senado

O governo imperial, com a Constituição de 1824, era centralista e tudo passava pela Corte do Rio de Janeiro. O poder local tinha pouca expressão. Os governadores de províncias não eram nativos e havia uma grande rotatividade, para evitar a formação de oligarquias locais. É o inverso do que foi feito na América espanhola.

Depois, com o federalismo, que deu autonomia às oligarquias, o Brasil se chamou Estados Unidos do Brasil. Em 1937, com o Estado Novo, houve nova centralização.

A Constituição de 1946 descentralizou outra vez, o Regime Militar centralizou e a Constituição de 1988 ficou no meio termo, mas trouxe certa autonomia aos poderes locais.

Há famílias que controlam o poder local. Os oligarcas se apropriaram. Há famílias que controlam diversas instâncias e esferas do poder.

Renan Calheiros não era ligado ao grande poder econômico, não foi usineiro. Mas o pai já fazia política em Murici.

Renan é senador por Alagoas, seu filho é governador do Estado e seu irmão é prefeito de Murici. Há parentes na Assembleia Legislativa e assim por diante. Eles vão controlando o poder local e recursos federais passam pela mão de Renan. E se passam pelas mãos de Renan ele rouba, porque é ladrão.

Ele não tem caráter. Ele tem como princípio não ter princípio.

São assaltantes. Essas oligarquias que oprimem os Estados são verdadeiros assaltantes do dinheiro público e da vontade popular. Renan é um exemplo mais canhestro porque tem pouco poder econômico. Mas ele vive de fazer esse tráfico de influência entre Alagoas e Brasília.

É um criminoso que representa a oligarquia.

Só haverá democracia no Brasil quando conseguirmos destruir as oligarquias.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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