Rota da morte: Waze anuncia medidas contra trajetos perigosos
Representantes do aplicativo de localização Waze informaram que vão tomar medidas para evitar que rotas perigosas sejam oferecidas aos usuários através do GPS.
A decisão vem em resposta ao assassinato de uma senhora de 70 anos, que teve o carro fuzilado ao ser guiada, pelo aplicativo, para uma favela dominada por traficantes, em Niterói, estado do Rio.
A jornalista Regina Múrmura estava com o marido. Eles tentavam encontrar a avenida Quintino Bocaiúva, em São Francisco, zona sul da cidade, mas o Waze indicou uma rua homônima, dentro da favela do Caramujo.
Em agosto, a vítima foi a atriz Fabiana Karla, que teve o carro baleado depois de entrar, também por engano, na mesma comunidade. Fabiana escapou da morte, por pouco.
A mesma sorte não teve o alpinista Ulisses da Costa, de 36 anos. Ele também errou o caminho e acabou entrando na Favela Vila do Sapê, em Duque de Caxias. O carro de Ulisses também foi baleado e o rapaz acabou assassinado por bandidos.
A iniciativa do Waze de evitar sugerir rotas perigosas ajuda, mas não resolve.
A violência fugiu ao controle no Rio, em São Paulo, em todo Brasil. O Estado brasileiro está de mãos atadas. Não consegue controlar a criminalidade. O Brasil está perdendo cada vez mais territórios para o crime organizado. É espantoso: há lugares neste país em que nem a polícia entra, há regiões inteiras controladas pela bandidagem.
É como dizem: está tudo dominado!
E quem pensa que a violência se restringe à periferia, às favelas sob domínio do tráfico está redondamente enganado. O crime perdeu o decoro, desceu os morros, saiu dos guetos… A violência agora acontece às claras. Está em toda parte, em qualquer lugar. A gente escapa daqui, mas, dobrando a esquina, pode ser a próxima vítima acolá.
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