Saber origem de dinheiro é necessário para combater lavagem de dinheiro sujo

  • Por Jovem Pan
  • 14/07/2015 21h00
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CURITIBA, PR, 31.03.2015: DÓLAR-ECONOMIA - Alta do dólar já provoca aumento de preços dos alimentos em todo o Brasil. Na foto, cédulas de reais e dólares. (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Folhapress) Brazil Photo Press/Folhapress Dinheiro

Nêumanne, é correto o projeto de Dilma de repatriar dinheiro depositado sem autorização do Banco Central no exterior?

O governo Dilma Rousseff está anunciando a criação de dois fundos através dos quais brasileiros que investiram lá fora, que levaram seu dinheiro de forma ilícita para o exterior, poderão repatriar esse dinheiro, colocar no Brasil, desde que pagam o imposto de 35 por cento.

É, em primeiro lugar, lavar e engomar dinheiro, como diz Josias de Souza em seu blog. Quer dizer, o que é que acontece. Se uma pessoa exporta dinheiro, ela está lavando dinheiro, né.

O dinheiro que é levado pro exterior por baixo do pano, sem autorização do Banco Central, é dinheiro ilícito. É dinheiro que foi ganho de forma ilícita. Então, repatriar dinheiro é sempre uma forma de lavar dinheiro de volta. A um preço altíssimo, 35 por cento.

Eu não vejo nenhuma possibilidade de alguém que tenha lavado dinheiro fora, queira legalizar esse dinheiro a um preço tão alto. Além disso, no ponto de vista ético, é bastante discutível, afinal, coloca em questão a questão da origem do dinheiro, que tem a ver exatamente com o que está sendo discutido com essas doações “lícitas” de dinheiro cobrado de propina na Petrobras.

Então eu vejo com bastante antipatia essa medida defendida pelo ministro Joaquim Levy, é que é uma tentativa, que me parece sub reptícia, de querer justificar como sendo uma coisa positiva algo que é repulsivo, afinal de contas é preciso sim saber a origem de dinheiro e é preciso sim combater a lavagem de dinheiro sujo.

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