Saída do acordo de Paris é sinal da petulância que diminui os EUA

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan Nova Iorque
  • 02/06/2017 08h05
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-FOTODELDIA- WAS30. WASHINGTON (ESTADOS UNIDOS), 01/06/2017.- El presidente de EE.UU., Donald Trump, pronuncia un discurso hoy, jueves 1 de junio de 2017, en la Casa Blanca, Washington (EE.UU.). Donald Trump anunció hoy su decisión de sacar al país del Acuerdo de París contra el cambio climático, adoptado por casi 200 países en 2015, hoy, jueves 1 de junio de 2017, en la Casa Blanca, Washington (Estados Unidos). EFE/Molly Riley EFE/Molly Riley Donald Trump discursa na Casa Branca após anunciar decisão de tirar os EUA do acordo de Paris

Trump sendo Trump, ele manteve a promessa feita à sua base eleitoral, como trabalhadores das minas de carvão, e na quinta-feira confirmou a retirada dos EUA do acordo climático de Paris. O preço? Priceless.

Em termos qualitativos, um presidente americano renega um acordo negociado por um presidente americano. Como o mundo pode confiar na palavra do chamado país líder do mundo livre?

Em pouco mais de quatro meses de governo, Trump renegou o acordo comercial transpacífico, o acordo climático de Paris e gerou incerteza sobre a Otan, a aliança militar ocidental. E fez tudo isso de forma petulante.

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Dentro de casa, Trump detona o Obamacare o plano de saúde do ex-presidente. Trump detona a ordem estabelecida em nome de um projeto de nacionalismo populista, um projeto perigoso, retrógrado e baseado em falsas premissas e falsas promessas. Trump sonha com a reeleição em 2020. Deveria concorrer em 1920.

Na quinta-feira, Trump disse que a retirada do acordo de Paris, penosamente negociado e aceito por quase 200 países, é uma “reafirmação da soberania americana”, como se o acordo tivesse sido imposto aos EUA e a concretização de metas fosse obrigatória.

Tacanho, no discurso na quinta-feira, Trump disse que os americanos precisam escolher entre serem cidadãos do país (e citou várias cidades onde o declínio industrial pegou pesado) e se integrarem no mundo.

Trata-se de uma colocação cínica e idiota. São falsas escolhas. Estupidamente, Trump insultou Paris, dizendo foi eleito para representar os cidadãos de Pittsburgh e não os da capital francesa, onde foi firmado o acordo climático. O prefeito de Pittsburgh tuitou que está com Paris.

A palavra de ordem de Trump é confronto, não cooperação. Ele visualiza o mundo como um jogo imobiliário, em que somente os EUA devem ganhar e todos atuam para tirar vantagem da nação mais poderosa do mundo. Ele tem uma visão de mundo sombria e atua de forma soturna.

Trump lidera um enclave dentro dos EUA. Sua taxa de aprovação ronda os 40%, 2/3 dos americanos acreditam que mudanças climáticas estejam em curso e apenas 20% dão respaldo aos planos republicanos para substituir o Obamacare. Trump não agrega, apenas divide, dentro de casa e no exterior.

Ao repudiar projetos globais em comércio e clima, Trump dá mais espaço para a China assumir a liderança improvável nestas causas. Ao repudiar o papel de liderança global dos EUA, Trump torna menor esta grande nação.

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