Se o Governo perder eleição no Congresso, o cenário de crise política está desenhado

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2015 13h58
Wilson Dias/Agência Brasil Deputados e senadores tomam posse em 2015

Às 18h começam as eleições na Câmara e no Senado. Jair Bolsonaro retirou sua candidatura, mas tudo indica que vai para um segundo turno. O comentarista Marco antonio Villa comentou que a grande disputa deve ser entre Arlindo Chinaglia e Eduardo Cunha.

Eduardo Cunha é o adversário do Palácio do Planalto, e o Planalto considera que “ele tem que ser vencido a qualquer preço”. Ter na Câmara dos Deputados alguém que disse que terá independência em relação ao Governo é um risco, já que este está fragilizado com as denúncias de corrupção.

O Governo já acenou com um assédio aos “parlamentares nanicos” com liberação de emenda. De acordo com Villa, isso faz parte do “jogo perverso instituído pela redemocratização. (…) Isso é uma forma de comprar, é uma forma de corrupção”.

Villa ainda comentou que, dependendo da documentação que chegar ao Supremo Tribunal Federal vindo da Justiça Federal do Paraná, a possibilidade que ronda é a questão da abertura de um processo de impeachment em relação a presidente Dilma Rousseff. O processo pode ser por abuso, que envolva irresponsabilidade administrativa, mas que envolva, efetivamente, crime de responsabilidade. pela gravidade do que falam que tem na documentação vinda do Paraná, o Planalto está fazendo de tudo para ter o controle da Câmara, uma vez que o Senado parece estar “garantido” a Renan Calheiros.

As votações para presidência no Senado e na Câmara é secreta. Marco Antonio Villa comentou sobre a “traição” e se ela é aceitável ou não. “Vamos pegar o caso do PSDB. O PSDB fechou uma aliança com Julio Delgado (PSB). Como o PSB apoiou a candidatura de Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições presidenciais em outubro do ano passado, se eles desembarcassem do apoio ao PSB seria ruim para opinião pública, mas essa é a opinião do PSB”.

O comentarista ainda falou sobre a composição do restante da mesa – a vice-presidência, os outros postos da mesa e as comissões, que são fundamentais para o trabalho da Câmara.

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*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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