Sem os 308 votos, governo aprova reforma trabalhista; infiéis serão punidos?

  • Por Jovem Pan
  • 27/04/2017 09h44
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Brasília - O relator da Reforma Trabalhista, Rogério Marinho, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, durante sessão para votação da Refoma (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil O relator da reforma trabalhista

Vera Magalhães comenta a aprovação do texto-base da reforma trabalhista na Câmara.

Das mudanças propostas pelo governo Temer, essa era a mais palatável e exigia um quórum menor. Por ser uma mudança infraconstitucional, ela precisava apenas de uma maioria simples dos deputados.

O governo lutou, no entanto, para chegar aos dois terços, os 308 votos, para ter uma boa projeção sobre a votação da Previdência, que exigirá esse número. Chegou a 296 votos favoráveis.

A reforma trabalhista faz com que os acordos coletivos de trabalho prevaleçam sobre a lei. Passou também no texto-base uma das coisas mais polêmicas, que é a exclusão do imposto sindical.

O governo mostrou que tem cacife para aprovar o fim da contribuição obrigatória e essa é uma pauta que tem apoio da sociedade. Sindicatos e entidades ligadas vão tentar derrubar isso do texto.

Infiéis punidos?

Haverá uma reunião no Palácio do Planalto para discutir as negativas na base de apoio do governo. O problema é que Temer tem telhado de vidro: cinco peemedebistas votaram contra a reforma de Temer.

No PSB, que tem o maior índice de defecção na base, a maioria (16 de 30) votou contra.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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