Sem os 308 votos, governo aprova reforma trabalhista; infiéis serão punidos?
Vera Magalhães comenta a aprovação do texto-base da reforma trabalhista na Câmara.
Das mudanças propostas pelo governo Temer, essa era a mais palatável e exigia um quórum menor. Por ser uma mudança infraconstitucional, ela precisava apenas de uma maioria simples dos deputados.
O governo lutou, no entanto, para chegar aos dois terços, os 308 votos, para ter uma boa projeção sobre a votação da Previdência, que exigirá esse número. Chegou a 296 votos favoráveis.
A reforma trabalhista faz com que os acordos coletivos de trabalho prevaleçam sobre a lei. Passou também no texto-base uma das coisas mais polêmicas, que é a exclusão do imposto sindical.
O governo mostrou que tem cacife para aprovar o fim da contribuição obrigatória e essa é uma pauta que tem apoio da sociedade. Sindicatos e entidades ligadas vão tentar derrubar isso do texto.
Infiéis punidos?
Haverá uma reunião no Palácio do Planalto para discutir as negativas na base de apoio do governo. O problema é que Temer tem telhado de vidro: cinco peemedebistas votaram contra a reforma de Temer.
No PSB, que tem o maior índice de defecção na base, a maioria (16 de 30) votou contra.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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