Sem punho forte da lei, crime organizado toma conta do Brasil
Sem informações, familiares aguardam a liberação dos 56 corpos, em Manaus, sem saber se parentes morreram ou fugiram.
De acordo com o Instituto Médico Legal da capital do Amazonas, 30 das 39 vítimas identificadas foram decapitadas.
Cerca de 130 detentos continuam foragidos após massacre em presídio de Manaus.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, 56 presos foram recapturados até esta terça-feira.
Marco Antonio Villa comenta: são aquelas notícias que infelizmente acabam se repetindo. Lembra de Pedrinhas, em Maranhão? O Brasil ficou estarrecido. Mas será que as condições melhoraram? Provavelmente não.
A radiografia feita do problema, inclusive pelo governo, ontem mesmo no Jornal da Manhã pelo ministro Alexandre de Moraes, é perfeita. O problema é que ninguém parte para a ação. Antes de ter bloqueador de celular, não deveria ter celular na prisão.
Todo mundo sabe o que deve ser feito. A questão é se querem fazer.
Não é fácil, por exemplo, um funcionário de um presídio não atender a ordem do crime organizado e o crime organizado dizer: “eu sei onde você mora e vou matar um filho ou sua esposa”.
Há uma mexicanização do Brasil. Em Guadalajara o cardeal do país foi fuzilado no aeroporto. O crime organizado acabou tomando conta de vários Estados.
O Brasil está caminhando para isso e as autoridades nada fazem, é muito grave. Em certos presídios os funcionários sequer podem ser nos Estados.
Pode haver a intervenção da Força Nacional ou até das forças armadas, prevista na Constituição, que dure um, dois anos, nos presídios. Casos como o do Amazonas são de intervenção federal.
Se não agir com o punho forte e duro da lei, o crime organizado vai tomar a estrutura do Estado brasileiro.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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