Sem reforma, o Brasil não tem jeito de dar certo

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2017 08h29
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USP Images Economia

Fernão Mesquita descobriu o Brasil.

Vejam só o que o grande jornalista, Fernão Lara Mesquita, descobriu e escreveu sexta-feira passada no jornal O Estado de S. Paulo.

Aposentadorias e “Benefícios de Prestação Continuada” (BCPs) pagos a funcionários “incapacitados” representam 54% do gasto da União. A folha do funcionalismo ativo, outros 41%. Sobram 5% para financiar todos os investimentos públicos. Nos Estados e municípios é tal a fome dos marajás que nem para pagar a parcela do funcionalismo que, bem ou mal, de fato “serve” ao público tem sobrado.

A carga de impostos é de 36% do PIB e o déficit, de pelo menos outros 10%. São 46% do PIB, mais de R$ 2,5 trilhões, apropriados anualmente pelo Estado, R$ 2 trilhões e 375 bilhões dos quais (95%) consumidos com salários, aposentadorias, pensões, bolsas e quejandos.

Vai por aí o escárnio e, por essas e outras, a maioria dos servidores públicos federais está na faixa dos 1% mais ricos do Brasil e quase nenhum está aquém dos 5% mais ricos. Isso antes de contar as frotas de jatos, as dezenas de milhares de automóveis, os planos de saúde eternos e as mordomias mil que a favela paga para os palácios.

Vara a pena ler esse artigo do Fernão Lara Mesquita. Pois é, vocês não querem reforma? Pois bem, então o Brasil não tem o menor jeito de dar certo, eu garanto.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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