Situação do deputado André Vargas vai mal; entenda
Reinaldo, como anda a situação do deputado André Vargas? Que é do PT do Paraná, vice-presidente da Câmara e do Congresso.
Para o bem do Brasil, o deputado petista André Vargas, vice-presidente da Câmara e do Congresso, vai mal. Olá internautas e amigos da Pan.
A esta altura, é difícil acreditar que Vargas consiga manter o mandato. Hoje ele humilha o Parlamento brasileiro, não vai demorar muito e passará a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal. Não há escapatória, ao menos que ele renuncie. Como ele é deputado, tem direito a foro especial por prerrogativa de função.
Por isso o juiz Sérgio Mouro, da Justiça Federal do Paraná, enviou ao STF a investigação. Explicou assim: “revendo os autos constato que, entre os diversos fatos investigados, foram colhidos, em verdadeiro encontro fortuito de provas, elementos probatórios que apontam para a relação entre Alberto Yousseff e André Vargas, deputado federal”.
E põe relação nisso. Reportagem publicada pela Veja neste fim de semana é devastadora para o deputado. Ao se referir a um lobby que Vargas havia feito em seu favor no Ministério da Saúde o doleiro, que está preso, diz ao petista: “Acredite em mim, você vai ver quanto isso vai valer. Tua independência financeira e nossa também, é claro”.
Yousseff estava falando de uma parceira do laboratório Labogen, uma empresa de fachada que segundo a PF serve para lavar dinheiro, com a gigante E.M.S, do setor farmacêutico. Todo o negócio poderia chegar a 150 milhões de reais. Já havia um contrato assinado de 31 milhões de reais para o fornecimento de citrato de cidelnafila, o remédio que é o princípio ativo do viagra, mas que serve também para tratar de hipertensão pulmonar.
Nota: Alexandre Padilha, então ministro da Saúde e futuro candidato do PT ao governo de São Paulo, assinou o contrato.
Numa outra conversa o doleiro diz ao deputado: “Estou no limite, preciso captar”. Ao que responde vargas: “vou atuar”. Como sabem, a parceria rendeu tanto que Yousseff fretou um jatinho para o deputado e a sua família viajarem de férias para a Paraíba. Valor do mimo, 100 mil reais.
A intimidade era tal que Vargas manda mensagens a Yousseff por celular cobrando o pagamento para pessoas ligadas ao esquema. Numa delas eles têm o seguinte diálogo:
Vargas: Você sabe porque não pagaram o Milton?
Yousseff: Calma, vai ser pago. Falei para você que iria cuidar disso.
Vargas: Há consultores que trabalham com ele há meses e não receberam.
Yousseff: Deixa, que vão receber.
Não dá mais. A Polícia Federal está convicta que Vargas e Yousseff atuam em sociedade. Pior, emissários do deputado o fizeram chegar ao doleiro, que está preso, que a crise pode arrastar gente graúda. O que se quer dizer com isso? Vai saber.
O petista resolveu tirar uma licença de 60 dias para cuidar de assuntos privados, mas manteve o cargo de vice-presidente da Câmara e do Congresso, o que é um acinte e um deboche. Mesmo com o afastamento, três partidos de oposição, PSDB, DEM e PPS, ingressaram nesta segunda-feira com uma representação contra Vargas no Conselho de Ética.
O deputado Ricardo Isar, do PSB de São Paulo, presidente do Conselho de Ética, foi claro: “Não tenho dúvidas de que vão usar todos os artifícios para protelar a ação. Mas o André Vargas não tem escapatória, são denúncias gravíssimas, não dá para aliviar. Eu acho que esse é um caso para cassação”.
Vargas afirma estar sendo vítima de um “linchamento midiático”, é uma piada. Ele não consegue explicar as suas relações com Yousseff e acha que a culpa é dos jornalistas. Politicamente o deputado petista está morto, agora é só um cadáver adiado que deve assustar muita gente, que aposta no seu silêncio.
O que todos temem é um certo Leonardo Meireles, que figurava como sócio da Labogen e decidiu colaborar com a polícia federal.
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