Só paulada não adianta, mas é preciso ter ação na cracolândia
Está sendo muito criticada a ação do prefeito João Doria derrubando propriedades na Praça Princesa Isabel com escavadeiras. Todavia, é necessária e urgente a ação do poder público para resolver esse problema de dificílima solução.
Não é apenas limpar a alma, mas limpar o corpo do viciado. Vale ressaltar a campanha “Pela Vida Contra as Drogas”, de Izilda Alves. A informação é a maior arma contra as drogas.
A lei de tóxicos criava em seu prefácio uma estrutura no campo educacional para preparar os professores para a orientação das crianças acerca dos perigos das drogras. Essa lei nunca foi cumprida. Isso, junto com a segurança pública e a saúde, fundamentalmente.
Até, em último caso, recolhendo essas pessoas compulsoriamente se necessário.
Há uma lei de 6 de abril de 2001, de FHC, que regulamente no artigo 6º:
São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:
I – internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II – internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e
III – internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Para a Justiça, a lei, antes de tratar o viciado como enfermo e avalia os limites – se ele pudesse entender o caráter criminoso do fato. Para penalizar alguém é preciso que ele tenha consciência.
É saúde. É educação. E é segurança pública.
Só paulada não adianta, mas é preciso ter ação.
Na situação como estava a cracolândia de são Paulo, é evidente que haveria percalços.
Aquele amontoado de pessoas que não conseguem determinar-se é uma gente que precisa de ajuda. Mas na hora da intervenção e da limpeza, tem corre-corre.
Não se pode sacrificar uma ação do poder público quando o poder público busca uma solução.
O que não pode é focar de braços cruzados.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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