Só paulada não adianta, mas é preciso ter ação na cracolândia

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2017 14h19
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Anderson Costa/Jovem Pan Barracas são retiradas pela Prefeitura após megação policial na Cracolândia

Está sendo muito criticada a ação do prefeito João Doria derrubando propriedades na Praça Princesa Isabel com escavadeiras. Todavia, é necessária e urgente a ação do poder público para resolver esse problema de dificílima solução.

Não é apenas limpar a alma, mas limpar o corpo do viciado. Vale ressaltar a campanha “Pela Vida Contra as Drogas”, de Izilda Alves. A informação é a maior arma contra as drogas.

A lei de tóxicos criava em seu prefácio uma estrutura no campo educacional para preparar os professores para a orientação das crianças acerca dos perigos das drogras. Essa lei nunca foi cumprida. Isso, junto com a segurança pública e a saúde, fundamentalmente.

Até, em último caso, recolhendo essas pessoas compulsoriamente se necessário. 

Há uma lei de 6 de abril de 2001, de FHC, que regulamente no artigo 6º:

São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:

I – internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;

II – internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e

III – internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.

Para a Justiça, a lei, antes de tratar o viciado como enfermo e avalia os limites – se ele pudesse entender o caráter criminoso do fato. Para penalizar alguém é preciso que ele tenha consciência.

É saúde. É educação. E é segurança pública.

Só paulada não adianta, mas é preciso ter ação.

Na situação como estava a cracolândia de são Paulo, é evidente que haveria percalços.

Aquele amontoado de pessoas que não conseguem determinar-se é uma gente que precisa de ajuda. Mas na hora da intervenção e da limpeza, tem corre-corre.

Não se pode sacrificar uma ação do poder público quando o poder público busca uma solução.

O que não pode é focar de braços cruzados.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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