Software utilizado para sorteio no STF favorece ministros com menos processos

  • Por Jovem Pan
  • 02/02/2017 11h52
Rosinei Coutinho/SCO/STF Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento de liminar contra Renan Calheiros na presidência do Senado - STF

Novo relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin foi “escolhido” via sorteio eletrônico no final da manhã desta quinta-feira (02). Muito se comentou sobre a possibilidade de fraude nos algoritmos, por exemplo, mas isso não foi constatado.

A comentarista Vera Magalhães, no entanto, traz a informação adicional de que o software usado para o sorteio faz uma espécie de “compensação” e estabelece um “peso” para cada ministro.

Por exemplo, se um ministro possui mais processos, a probabilidade dele ser o sorteado é menor. “Existe uma probabilidade maior de o sorteio cair com ministro que tenha menos processos ou menos processos de certo tipo”, explica Vera Magalhães. “O software é aleatório, mas tem uma probabilidade maior de escolher um ou outro ministro”, completa.

O sorteio foi realizado entre os ministros que compõem a Segunda Turma no Supremo, e é encarregada da análise dos inquéritos e recursos ligados ao esquema de corrupção na Petrobras. Fazem parte da Segunda Turma: Celso de Mello, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.

Fachin passa agora a conhecer todos os casos da Operação Lava Jato e avaliará até que ponto os citados serão investigados. Ele passa a ter agora também o poder de arquivar pedidos de inquérito e encerrar as investigações.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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