Suposto caixa dois para Alckmin faz PSDB andar no fio da navalha
Em acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, a empreiteira Odebrecht afirmou que realizou pagamento de caixa dois, em dinheiro vivo, para as campanhas de 2010 e 2014 do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Os delatores apontaram dois nomes próximos ao tucano como intermediários do repasse, mas admitiram que não trataram do assunto diretamente com Alckmin.
De acordo com a delação firmada, Alckmin teria recebido R$ 2 milhões repassados da empreiteira ao seu cunhado, Adhemar Ribeiro.
O executivo Carlos Armando Paschoal, o CAP, ex-diretor da Odebrecht em SP, foi um dos que delataram o caixa dois. Ele é também um dos responsáveis pela negociação de doações eleitorais para políticos.
A comentarista Vera Magalhães destaca que o “PSDB vem andando no fio da navalha há alguns meses”. Segundo ela, mesmo sendo campeão nas urnas em 2016, o partido tem sobre si a sombra da Lava Jato.
“O governador não desmentiu taxativamente e disse que é preciso cautela com esse tipo de delação”, completa Vera Magalhães.
“Se Alckmin for tragado pela Lava Jato, isso pode zerar o jogo interno no PSDB e ficamos sem saber quem tem mais chances dentro do partido em 2018”, lembra.
Para as eleições presidenciais, seguem na disputa interna do partido nomes como o de Alckmin, José Serra e Aécio Neves.
Confira:
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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