TCU tenta interferir nas delações premiadas da Operação Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 15/02/2015 11h46

Por que o Tribunal de Contas da União tem tanta pressa em sair com decisão na qual tenta meter a mão nas delações premiadas que o Ministério Público Federal e Polícia Federal têm obtido na Operação Lava Jato que devassa a roubalheira na Petrobrás?

Em notícia dada por Joice Hasselmann na TV da Veja, no portal da Editora Abril, o brasileiro ficou informado e ficou estarrecido, como diria Dilma Rousseff, que o Tribunal de Contas da União, com uma rapidez inaudita, soltou uma decisão, aprovada unanimamente e na qual a notícia flagrou a mão de Luis Inácio Adams, advogado-geral da União, em que fica patente a tentativa de interferir no destino das delações premiadas que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal têm obtido em Curitiba de grandes empreiteiros e ex-petroleiros e funcionários da Petrobrás na devassa do Petrolão, a roubalheira da Petrobrás, pela Operação Lava Jato.

O Tribunal de Contas da União, que não é um órgão da Justiça, mas sim do Legislativo, tem sido lento e conivente nas investigações, por exemplo, da compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras de forma danosa para o acionista e sobretudo para o contribuinte e cidadão brasileiro.

No entanto, em apenas um dia a decisão que eles agora tomaram saiu das mãos do relator José Lúcio Monteiro, que é notoriamente de uma família de usineiros pernambucanos ligada a Lula, inclusive primo de Armando Monteiro, ministro de Indústria e Comércio de Lula, para um plenário que votou a toque de caixa, sem ninguém pedir vistas e saiu em pleno carnaval para ninguém prestar atenção.

É o fim da picada, principalmente porque vai de encontro aos encontros sucessivos que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, tem tido com advogados das empreiteiras, com a declaração de Dilma de que se pune gente, mas não se pune empresa. Não se pode descansar nem no Carnaval!

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