Temer chamará “infiéis” e governador de Pernambuco às falas

  • Por Jovem Pan
  • 12/10/2016 11h53
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Luis Macedo / Câmara dos Deputados ACAMARA - Deputados comemoram a aprovação em 1º turno na Câmara de PEC que limita o aumento dos gastos do governo

Apesar da expressiva votação de 366 deputados a favor da PEC do teto dos gastos, nos quais se incluem 86,9% dos governistas fiéis a Michel Temer, o presidente e sua equipe chamarão às falas um por um dos governistas que votaram contra o projeto prioritário do Palácio do Planalto, conforme antecipara o ministro Eliseu Padilha em entrevista à Jovem Pan.

Os “infiéis” devem dizer que estão do lado de Temer, mas não puderam votar a favor da proposta de emenda constitucional que limita o investimento público por 20 anos devido a pressões de suas bases. O governo, no entanto, não aceitará tais justificativas. O Planalto entende que a base de apoio tem de arcar com os ônus e os bônus de ser governo. As informações são da colunista Vera Magalhães.

Os deputados que adotaram tal postura ficarão sabendo que os seus pedidos de emendas e cargos vão ficar para o fim da fila.

PSB

Michel Temer também conversará nesta quinta-feira (13) com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). O PSB foi o que comandou a infidelidade contra o projeto do presidente: foram 10 votos de dissidentes contra a medida, quatro deles pernambucanos.

Temer quer saber o que está acontecendo e Câmara deve pedir alguma coisa para as contas do Estado nordestino.

O PSB está numa posição bastante ambígua com o governo.

O presidente regional da sigla e ex-deputado Beto Albuquerque disse a Vera Magalhães que o PSB não está no governo Temer. Na visão de Albuquerque, que concorreu a vice-presidente da República ao lado de Marina Silva em 2014, Fernando Bezerra Filho, ministro de Minas e Energia, foi escolhido como indicação pessoal de Temer.

O Planalto, por sua vez, diz que no governo não vai ter cota pessoal. Quem está com cargo representa o seu partido e assim deverá votar, exige Temer.

Fidelidade

Dilma nunca obteve um índice de fidelidade tão grande (86,9%) em votações. PSD e PMDB votaram praticamente fechados pela PEC 241. O PMDB de Temer teve uma unanimidade que há muito tempo não se via.

Já o PDT, que se diz de oposição, deu seis votos a favor da proposta. Parece que o partido quer ser chamado para o próximo salmão.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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