Temer dá banana para a opinião pública e falha em três frentes
Retomar economia, construir base política sólida e retomar institucionalidade que foi destruída nos anos Dilma Rousseff, especialmente na fase final de seu governo, em que os ministérios eram loteados a pessoas despreparadas para as pastas com o único intuito de evitar o impeachment.
Temer deu mostras de que pretendia retomar a economia, fez medidas para conter o tremendo desajuste fiscal e acenou com propostas de maior prazo, como a reforma da Previdência. Também parecia caminhar para uma base sólida no Congresso, com várias vitórias no Legislativo.
Mas a Lava Jato avançou sobre pessoas do governo Temer, como Romero Jucá. Com a delação da Odebrecht, ficou claro que sobraria para partidos e figuras da base aliada e, desde então, o governo vive uma espécie de paralisia.
Paralisia de iniciativas na retomada da economia, reverência aos partidos do centrão no Congresso, que dão as cartas na Câmara para aprovar pauta regressiva que tem como objetivo, sim, frear a Lava Jato em várias frentes e o governo tem uma postura condescendente com denúncuas contra aliados e abusos que não podem se repetir.
Como esse do minsitro Geddel Vieira Lima, cujo apartamento foi embargado, e ele fez gestões seguidas, reiteradas e truculentas junto a colega de primeiro escalão para tentar liberar o empreendimento imobiliário. Se isso não é tráfico de influência, advocacia administrativa, a mais velha e rasteira corrupção, não sei mais o que é.
Geddel está ali sentado ao lado do presidente em evento no Palácio do Planalto em mais uma demonstração de que não vai cair.
Assim, Temer dá uma banana à opinião pública e mostra que não tem nenhum apreço à suposta institucionalidade que ele deveria criar. O presidente vai se inviabilizando e fracassando nas três frentes em que havia se proposto a liderar.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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