Temer não deve nomear para a PGR primeiro da lista e tem dois favoritos

  • Por Jovem Pan
  • 28/06/2017 09h01

Nesta segunda EFE/Joédson Alves EFE - Michel Temer rebate denúncia de Rodrigo Janot e ataca procurador-geral

De forma inesperada, o indicado de Rodrigo Janot à sua sucessão na Procuradoria-Geral, Nicolao Dino, ficou em primeiro na lista tríplice da classe que será entregue ao presidente Michel Temer. Nos debates, víamos um Ministério Público bastante dividido e crítico a Janot. Havia oito candidatos de oposição e um único ligado ao atual procurador-geral, que ficou em primeiro lugar, para espanto do Palácio do Planalto.

A tendência é que Michel Temer não nomeie Nicolao Dino, irmão do governador do Maranhão Flávio Dino. A informação é da colunista Jovem Pan Vera Magalhães. O Planalto vai argumentar que não tem a obrigação constitucional de nomear o primeiro da lista, costume cristalizado desde 2003. Os assessores do presidente também devem argumentar que Dino teria implicações políticas, por ser irmão de um político e ligado a Janot, a quem Temer acusa de fazer uma perseguição implacável contra si.

Raquel Dodge, segunda da lista, é uma das favoritas. Nomeá-la seria uma forma de respeitar parcialmente a lista tríplice e de Temer tentar se livrar da pecha de que não valoriza mulheres.  

Outra possibilidade é Temer nomear um nome fora da lista tríplice, o que seria visto como uma mão de ferro sobre o Ministério Público. O nome é de Eitel Santiago, o que fez as mais pesadas críticas a Janot e à delação da JBS. Um dos oitos candidatos fora da lista eleita pela classe, Eite é um paraibano muito ligado ao PSDB e ao PMDB. Seria o carimbo de uma nomeação política em causa própria do presidente.

Temer, investigado, tem a prorrogativa de nomear aquele que irá investigá-lo. O peemedebista já nomeou um de seus julgadores.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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