Temer tenta capitalizar popularidade após juros e inflação caírem

  • Por Jovem Pan
  • 13/01/2017 13h03
Reprodução/Facebook Michel Temer - Facebook

Michel Temer tenta utilizar as boas notícias da economia dos últimos dias para tentar catapultar a sua avaliação pública. O presidente viu na queda de 0,75% na taxa Selic um caminho para fazer um discurso mais otimista de recuperação da economia.

Na inauguração de uma escola na Praia Grande, litoral de SP, Temer disse que os juros começaram a cair de forma paulatina e consistente e que isso já tem reflexos nas taxas praticadas pelos bancos. Tratou de enfatizar o papel que o governo teve nessa negociação, como na redução das taxas de crédito rotativo, por exemplo.

E foi além: estimou que, até o fim do ano, a Selic pode estar em um dígito, revelando o que pode ser lido tanto como um desejo, como uma pressão à política monetária do Banco Central. O fato é que o binômio queda do juro e redução da inflação, que está convergindo para a meta, animaram o governo nesse início de ano.

A avaliação é que esses fatos, conjugados com as medidas anunciadas no fim do ano para tentar coibir os efeitos do desemprego e impulsionar um pouco a atividade econômica possam levar a alguma recuperação ainda nesse semestre. Temer, sempre que pode, lembra a decisão de seu governo de liberar as contas inativas do FGTS e a consequência da medida: injetar até R$ 30 bilhões na economia.

O presidente seguirá fazendo propaganda de suas realizações: tanto as da seara econômica quanto na aprovação de matérias no Congresso. Seu objetivo é mostrar que, em poucos meses, sua gestão já logrou mais êxitos que o segundo mandato interrompido de Dilma Rousseff.

Com isso, Temer espera pavimentar a confiança da população para apoiar as reformas indigestas e melhorar, se possível, seus índices ainda rousseffianos de aprovação.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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