Temer transparece o que pensa sobre perdão ao caixa dois
Em entrevista ao programa Roda Viva, o presidente Michel Temer falou sobre vários assuntos, não se furtou a nenhum deles, embora tenha tergiversado sobre alguns.
Em questões relativas à Lava Jato, Temer disse que não seria possível calar a operação, afirmou que Romero Jucá ainda não teve a morte política e civil decretada, uma vez que só foi citado, e não condenado na Operação.
Temer deu uma relativizada nas delações, ao criticar a morte política de quem é citado, e reiterou que dJucá será, sim, líder do governo.
Ele evitou de falar sobre os projetos em cursos contra a Lava Jato, como o que torna o caixa dois crime, mas anistia o que aconteceu anteriormente. O presidente sempre evita falar, mas deixa transparecer o que acha.
Ele diz que é uma questão do legislativo, porém expressa que tem ouvido de amigos juristas que o que aconteceu antes da eventual nova lei não é passível de punição. Portanto, Temer concorda com essa avaliação de que o que ocorreu antes da tipificação penal do caixa dois pode receber anistia.
O peemedebista não disse isso com todas as palavras, mas é possível depreender da sua fala.
Foi uma fala muito cautelosa.
O presidente Temer também disse que uma eventual prisão poderia causar uma instabilidade política e demonstrou preocupação com a reação popular.
Com isso, ele deixa um caminho para aquilo que Jucá falava na gravação de Sergio Machado: delimitar a Lava Jato e, daí para frente, passar uma espécie de régua.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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