Toffoli nega pressão para salvar Renan, mas gera desconforto em colegas de STF
O Supremo Tribunal Federal adiou o julgamento que decide sobre se réus podem ou não ocupar cargos da linha sucessória da Presidência da República. o ministro Dias Toffoli pediu vistas da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impetrada pela Rede Sustentabilidade.
Segundo pessoas próximas a Toffoli, ele nega que tenha cedido pressões e sugestões do governo para proteger Renan Calheiros, presidente do Senado que tem oito inquéritos contra si e pode se tornar réu a qualquer momento.
Para o ministro que adiou a decisão final da Corte, não haveria caso concreto a ser analisado, uma vez que uma ADPF pressupõe que algum preceito tenha sido descumprido. O caso inicial, que motivou a ação da Rede, seria com Eduardo Cunha, que já perdeu o mandato de deputado.
Além disso, Toffoli justifica tecnicamente que queria analisar a extensão dos votos dos colegas: se o presidente da Câmara ou do Senado não poderia apenas assumir a presidência da República ou teria de deixar o cargo que tenha esse potencial.
O não-voto de Toffoli, no entanto, desconforto entre colegas de STF. Um deles desabafou e disse que a posição de Toffoli colocou uma suspeita sobre a cabeça de todos. Os ministros estariam sendo alvo de ação do Planalto, que queria justamente o adiamento do julgamento.
As informações são da colunista Jovem Pan Vera Magalhães.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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