Toma lá, dá cá: as benesses do governo nos vários escalões

  • Por Rachel Sheherazade/ JP
  • 27/07/2015 12h26
Presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em Brasília. 06/05/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino REUTERS/Ueslei Marcelino - 06/05/2015 Presidente Dilma Rousseff

CPI dos fundos de pensão, inquérito do BNDES, Petrolão, pedaladas fiscais, pedidos de impeachment…

São muitas as ameaças ao trono de Dilma Rousseff. Mas, para garantir seu mandato até 2018, a petista está disposta a tudo, até mesmo a “conquistar” o apoio dos parlamentares usando uma prática odiosa e antiga: o fisiologismo. Trata-se do já consagrado “toma lá dá cá”, segundo o qual a presidente deverá trocar cargos e emendas pela fidelidade de partidos e políticos no Congresso Nacional.

Reportagem desta semana da revista VEJA revela que o leilão do Planalto está aberto. Mesmo diante da mais grave crise econômica em mais de vinte anos, a presidente está disposta a abrir os cofres públicos e agraciar deputados e senadores que jurarem apoio à presidente.

Segundo a revista, Dilma Rousseff distribuirá, nos próximos dias, até 400 cargos no segundo e terceiro escalões para os aliados. Os escolhidos terão o direito de nomear os ocupantes de todos os cargos dos escalões abaixo. Estima-se que, ao todo, entrarão no escambo presidencial pelo menos 3.500 postos, o que gerará ainda mais despesa aos cofres públicos. Um verdadeiro trem da alegria patrocinado com dinheiro meu e seu.

Mas as benesses de “Mãe Dilma” não se restringem a cargos. Apesar dos cortes na saúde, na educação, no Minha Casa Minha Vida e em várias outras áreas, a “presidente camarada” vai liberar emendas parlamentares a deputados e senadores que rezarem de acordo com a cartilha da petista. Com isso, colocará, no cabresto, parte do Legislativo.

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