Torcedores na Arena Corinthians xingam presidente Dilma

  • Por Jovem Pan
  • 13/06/2014 11h16

É Reinaldo, a presidente Dilma não discursou no Itaquerão, mas parece que discursaram para ele, não é?

Ô, e como. Olá, internautas e amigos da Jovem Pan.

Certamente, a televisão de vocês também registrou. Dilma foi premiada com um dos xingamentos prediletos do brasileiro, só perdendo para aquele que ofende a genitora. Certo monossílabo tônico, sem acento, terminado em “u” foi dirigido à presidente. Mais de uma vez, parte considerável do estádio gritou: “Ei, Dilma, a-e-i-o-u/ Ei, Dilma, a-e-i-o-u…”.

Não era o que estava no script, é certo. Nelson Rodrigues dizia que brasileiro vaia até minuto de silêncio. Pode não ser bem assim, mas é certo que políticos em ambientes esportivos nem sempre são bem-vindos. Ainda mais nos dias de hoje, quando há uma óbvia crispação nas ruas e uma indisposição meio generalizada com a lambança em órgãos oficiais.

Ainda que o governo federal houvesse cumprido todas as promessas que fez, dar a cara nos estádios seria uma operação de risco para Dilma. Ocorre que não cumpriu. Os torcedores sabiam que a presidente estava ali. Talvez tivesse sido deixada quietinha, no seu canto, não tivesse ela cedido ao mau conselho de algum aspone, que lhe sugeriu que ocupasse a Rede Nacional de Rádio e Televisão para desqualificar seus críticos, inflar os números da gestão petista e dizer algumas inverdades, como dar por concluídas obras que estão em curso.

Ficou muito claro que a população sabe distinguir muito bem o seu apreço pela Seleção Brasileira da exploração política mesquinha que o governo e o petismo tentaram fazer. Não só sabe distinguir como repudia as tentativas de governantes de se apropriar do que, obviamente, não lhes pertence.

O versinho dispensado a Dilma não é de bom gosto, mas é bom deixar claro que os que protestaram no estádio têm natureza muito distinta dos “black blocs”. Os “Green and Yellow Blocs” não querem destruir nada, não querem quebrar nada, não querem bater em ninguém. Estão cansados desse governo e de Dilma.

Já os coxinhas extremistas dos “black blocs”, à diferença dos “green and yellow blocs”, não sabem distinguir futebol de política e acabam metendo os membros traseiros pelos dianteiros. Os mascarados foram hostilizados por moradores em São Paulo, Rio, Porto Alegre e Brasília.

Os protestos violentos foram recebidos com vaias. Já a polícia militar, ao contrário, era aplaudia pela população. No Rio, moradores de Copacabana atiraram ovos, água e  xingaram os manifestantes. Em São Paulo,  informou a Folha, a situação se repetiu na Favela do Moinho, no centro. Durante um ato na comunidade, moradores comemoraram o gol de Neymar, enquanto manifestantes vibraram com o gol da Croácia.

O que falta a esses coxinhas radicais é serviço. E não se esqueçam, no dia 27, às 18 horas, o programa Os Pingos nos Is está de volta. Enquanto isso, curtam a mega cobertura que a Jovem Pan faz da Copa do Mundo.

 

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