Trump para diretor do FBI que investigava sua campanha: você está demitido!
Horas depois do cômico porta-voz da Casa Branca Sean Spicer garantir que James Comey estava prestigiado, o diretor do FBI foi demitido pela Casa Branca. O diretor tem um mandato de dez anos e esta longa duração justamente é motivada pelo desejo de que atue com independência, mas está entre as atribuições do presidente demitir o chefe do FBI.
O governo Trump herdou Comey da administração Obama e o diretor do FBI fora o segundo no ministério da Justiça na presidência Bush.
É bizarra a alegação de que Comey caiu por sua inabilidade para investigar o servidor privado e os e mails de Hillary Clinton. Lembram-se dela? A ex-secretária de Estado e ex-candidata presidencial democrata que acabou se enredando na malha do FBI antes da eleição de 8 de novembro.
Há um debate infindável sobre o impacto eleitoral envolvendo o desempenho de Comey na investigação de Hillary. E suas trapalhadas no escândalo fizeram com que o pêndulo de sua reputação entre republicanos e democratas oscilasse de forma vertiginosa ao longo do tempo. Sim, pelas controvérsias no escândalo dos e mails de Hillary, Comey não merece ser prestigiado.
No entanto, o assombroso é Trump usar esta desculpa, quando o foco do trabalho de Comey agora era investigar o potencial conluio entre a campanha eleitoral do presidente e os russos. Os democratas odiavam Comey, mas odeiam ainda mais Trump e estão furiosos com a decisão. A Casa Branca deveria ter demitido Comey em janeiro, quando o presidente tomou posse.
E como ficam estas investigações sobre as conexões russas do camarada Trump? Caso não continuem a cargo de uma comissão independente ou de um promotor especial, os EUA serão uma república de banana, uma república de Trump.
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