Trump para diretor do FBI que investigava sua campanha: você está demitido!

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan Nova Iorque
  • 10/05/2017 08h57
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STX01 WASHINGTON (ESTADOS UNIDOS), 03/05/2017.- El director del FBI, James Comey, durante una audiencia ante el Comité de Justicia del Senado sobre la 'Revisión del FBI' en el Capitolio en Washington, Estados Unidos, hoy 3 de mayo de 2017. James Comey respondió a las acusaciones de la excandidata demócrata a la Casa Blanca, Hillary Clinton. EFE/Shawn Thew EFE/Shawn Thew Ex-diretor do FBI James Comey durante audiência no comitê de Justiça do Senado em Washington

Horas depois do cômico porta-voz da Casa Branca Sean Spicer garantir que James Comey estava prestigiado, o diretor do FBI foi demitido pela Casa Branca. O diretor tem um mandato de dez anos e esta longa duração justamente é motivada pelo desejo de que atue com independência, mas está entre as atribuições do presidente demitir o chefe do FBI.

O governo Trump herdou Comey da administração Obama e o diretor do FBI fora o segundo no ministério da Justiça na presidência Bush.

É bizarra a alegação de que Comey caiu por sua inabilidade para investigar o servidor privado e os e mails de Hillary Clinton. Lembram-se dela? A ex-secretária de Estado e ex-candidata presidencial democrata que acabou se enredando na malha do FBI antes da eleição de 8 de novembro.

Há um debate infindável sobre o impacto eleitoral envolvendo o desempenho de Comey na investigação de Hillary. E suas trapalhadas no escândalo fizeram com que o pêndulo de sua reputação entre republicanos e democratas oscilasse de forma vertiginosa ao longo do tempo. Sim, pelas controvérsias no escândalo dos e mails de Hillary, Comey não merece ser prestigiado.

No entanto, o assombroso é Trump usar esta desculpa, quando o foco do trabalho de Comey agora era investigar o potencial conluio entre a campanha eleitoral do presidente e os russos. Os democratas odiavam Comey, mas odeiam ainda mais Trump e estão furiosos com a decisão. A Casa Branca deveria ter demitido Comey em janeiro, quando o presidente tomou posse.

E como ficam estas investigações sobre as conexões russas do camarada Trump? Caso não continuem a cargo de uma comissão independente ou de um promotor especial, os EUA serão uma república de banana, uma república de Trump.

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