Um blá-blá-blá tremendo sobre o Grammy
Um blá-blá-blá tremendo sobre o tal de Grammy. A polêmica da vez, que de longe parecia banal ao forjar uma competição inexistente, revelou-se no entanto mais um retrato do mundo doente em que vivemos.
A cantora Adele foi a grande vencedora da noite, desbancando a favorita Beyoncé, a queridinha dos especialistas, eufemismo claro para militantes. Fui então ouvir os dois discos, o que ponho em conta de um sacrifício profissional, “Lemonade”, de Beyoncé, e “25” de Adele.
Não dá para comparar. Se nos ativermos somente à música, à qualidade das canções e arranjos, às interpretações, aos recursos da voz, enfim, ao conjunto da obra em questão, o de Adele é muitíssimo superior e mereceu vencer. Tive até prazer em escutá-lo. Ponto.
Como, porém, nesse mundo patrulhado, até a arte deve estar a serviço de uma agenda engajada, fabricou-se um favoritismo musicalmente impossível do disco de Beyoncé, que deveria ter sido premiado porque, como li de um militante crítico brasileiro, seria o vencedor perfeito para esse início de governo Trump, quando o racismo reapareceu camuflado de política de segurança nacional.
É com esse tipo de critério político que os grupos de pressão muito influentes, eles, sim, racistas tentam impor um tom a tudo, geralmente à arte. Desta vez não deu. Geralmente dá.
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