Um monte de gente no PT está com medo de André Vargas

  • Por Jovem Pan
  • 14/04/2014 10h31
BRASILIA, DF, BRASIL, 18-02-2014, 21h00: sessão conjunta do Congresso Nacional para analisar vetos presidenciais. Sob a presidência do vice-presidente do Congresso deputado Andre Vargas (PT-PR), a sessão tem a polêmica do projeto de lei vetado pela presidente Dilma Rousseff que autorizaria a criação de até 269 novos municípios. Cerca de 200 manifestantes estão nas galerias defendendo a derrubada do veto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER) Pedro Ladeira/Folhapress André Vargas em plenário da Câmara

Reinaldo, você disse aqui na sexta que o deputado André Vargas havia mandado um recado ao PT, não aceitava ser enxotado. Ele fez algumas ameaças, quem está com medo do Vargas?

Um monte de gente, mas segundo reportagem da edição da revista Veja desta semana, os que estão mais preocupados são mesmo Alexandre Padilha, ex-ministro da saúde que vai concorrer ao governo de São Paulo pelo PT, a senadora Gleise Hoffman, que deve disputar o governo do Paraná pelo partido, e seu marido, o ministro da Comunicação, Paulo Bernardo.

Como lembrei aqui, o PT havia feito pressão para Vargas renunciar, porque considero que é evidente que ele só gera notícia negativa para o partido. Como ele resistiu, fez-se a ameaça de expulsão, e foi então que Vargas deixou claro ao partido que ele, como posso dizer, conhece muita coisa que mais gente gostaria de conhecer sobre essas três estrelas petistas.

Vargas insinua por aí que Paulo Bernardo é beneficiário do propinoduto da Petrobras e que seria intermediário de contratos entre o grupo Chaim, que costuma aparecer em escândalos petistas, e a estatal. O ministro da Comunicação teria recebido uma corretagem por isso, devidamente repassada ao Beto, que é como Vargas chama o doleiro Alberto Yousseff.

Pois é, lembram-se de Marcos Valério, o operador do mensalão petista? Em depoimento à Polícia Federal no passado ele afirmou que a construtora Chaim simulou uma prestação de serviços para a Petrobras para arrumar dinheiro para os petistas comprarem o silêncio de um empresário que ameaçava envolver Lula e a cúpula petista na morte de Celso Daniel.

Vargas ainda disse por aí que a senadora Gleise e seu marido, o ministro Bernardo, não gostariam de ver expostas as suas relações com a agência Rides Propaganda, do Paraná. Seria, na expressão atribuída a Vargas, “um esquema deles”.

Bem, no governo Dilma a Rides se tornou líder em verbas oficiais. A ascensão foi tão espetacular que chamou a atenção do Tribunal de Contas da União, que decidiu apurar se há algo errado. Todo mundo, evidentemente, nega tudo. Só uma coisa é inegável: até agora André Vargas não demonstra disposição para cair em silêncio.

 

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