Vai ter sexo explícito no Pedro II. Mas a verdadeira pornografia está no moralismo fascistoide LGBT!

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 16/11/2016 09h56
Reprodução Dia LGBT no #OcupaSC

Que beleza! No dia 18, sexta-feira, tem filme com sexo explícito — lésbico — no Campus São Cristóvão III do Colégio Pedro II, invadido por extremistas. Também haverá um filminho gay, com homens. Comparado com o outro, é coisa, assim, nível Massinha I, quase bobinho, sem todas as mãos, bocas, protuberâncias e orifícios da transa das moças. A exibição é livre; já a roda de conversa não. Talvez a ocupação bata recorde. A molecada deve comparecer em peso para ver o filme lésbico. Homens héteros costumam gostar de ver duas mulheres transando até mais do que as lésbicas. Por quê? Perguntem aos psicanalistas. Adiante.

Pedro II - III

A página no Facebook informa: às 10h, será exibido “Azul é a Cor Mais Quente”, filme francês dirigido por Abdellatif Kechiche, com Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos nos papéis principais. Elas se pegam pra valer mesmo. São do tipo que não entram no set para enganar. Desconheço no cinema não-pornográfico minutos tão explícitos entre duas mulheres, embora, a exemplo de todo filme francês e lésbico, haja conversa a dar com pau. Os franceses padecem de logorreia cinematográfica, e lésbicas tendem a gostar de papo-cabeça. Juntem-se as duas coisas, e há três horas de muita DR para não mais do que seis minutos de sacanagem. Mas de boa qualidade.

Às 17h30, exibe-se “Hoje eu Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro, que deve ser visto apenas pelos gays. E olhem lá. Os que conheço não têm saco pra certo mi-mi-mi… Homens héteros não se interessam pelo assunto. Mulheres héteros não se interessam pelo assunto. Lésbicas não se interessam pelo assunto. Por quê? Perguntem aos psicanalistas de novo.

Ah, sim: importante: às 14h30, há uma roda de conversa sobre lesbofobia. Atenção! É só para meninas lésbicas e bissexuais. Como se nota, parte-se do princípio de que “lesbofobia” é uma questão que só interessa a essas minorias. O fundamento democrático é o seguinte: cassa-se de 100% dos alunos o direito de ter aula e se assegura apenas a uma parcela ínfima o direito ao debate. Às 16h, haverá uma mesa sobre “Transativismo”. Segundo entendi, não precisa ser “trans” para assistir ao colóquio.

Uma outra publicação no Facebook filosofa:
“A escola é nossa. Logo, devemos ocupar seus espaços. A escola que queremos é a que seja acolhedora para todos (…) A escola também é das minorias, das mulheres, dos negros, dos LGBTs. Queremos tornar a escola menos hostil para tais grupos (…)”.

Pedro II I

Pedro II II

O texto não resiste a 30 segundos de lógica elementar. Quando se afirma “a escola é nossa”, cumpre indagar: quem fala em nome desse “nossa”? Os invasores? Os militantes políticos? Como essa escola pode ser “acolhedora para todos” se a maioria, que minoria não é, é privada de um direito que lhe é assegurado pela Constituição? Que diabo os senhores professores andam ensinando no Pedro II?

Moralismo facisctoide LGBT
Quem tem espirito percebeu que apelo à pena da galhofa quando me refiro aos filmes. Pouco me importa se um deles é explícito ou não.  EMBORA SEJA EVIDENTE A AGRESSÃO A FUNDAMENTOS DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. IMAGINEM O QUE NÃO ESTARIAM FAZENDO JUSTIÇA E MINISTÉRIO PÚBLICO SE NÃO FOSSE UMA INVASÃO COMANDADA PELA ESQUERDA. De todo modo, considero que qualquer estudante do Pedro II está a dois cliques de achar na Internet cenas muito mais, digamos…, penetrantes. A questão é de outra natureza: o que me espanta é a forma como esses militantes entendem as instituições democráticas.

Ou melhor: a forma como não entendem. Nada! Essa invasão, que conta com o apoio explícito de muitos professores da instituição, é, antes de mais nada, um desastre intelectual, pedagógico e ético. Venham cá: então os estudantes não-invasores não têm direito a participar de um debate sobre “lesbofobia” — ou outro assunto qualquer? Então eles são expropriados de seus direitos constitucionais e precisam aderir aos hábitos dos novos bárbaros para que tenham acesso à moral supostamente superior que se respira por ali?

São todos uns covardes, uns reacionários, uns, perdoem-me a expressão, merdinhas pequeno-burgueses. Tenham a coragem de retomar as aulas, de não excluir as maiorias do debate e, em vez de exibir filminho gay água-com-açúcar ou outro para alimentar hábitos solitários, mandem ver com “Salò”, de Pasolini, que tem como subtítulo “Os 120 Dias de Sodoma”. Troquem o fluir do sangue para o baixo ventre de Lolitas e rapazes ainda imberbes pelo fluxo rumo ao cérebro, que é a tarefa precípua da escola.

Cito “Salò” apenas para chegar perto do limite da estética como horror, evidenciando, ainda uma vez, que a minha questão não é de natureza moralista. Também não acho que essa militância ideologicamente porca levará alunos héteros a se tornar gays ou lésbicas. Fosse assim, poder-se-ia também fazer o contrário: exibir filmes héteros para converter gays. Isso tudo é de uma bobagem ímpar.

A questão que me interessa é a de natureza institucional e constitucional. A escola não é “nossa”, dos invasores. A escola é pública. Como tal, não pode ser assaltada por meia-dúzia de militantes que impõem a outros a sua pauta que, sob o pretexto de incluir as minorias, exclui a maioria até dos debates.

O nome disso é fascismo de esquerda. E é claro que tem consequências aqui e no mundo inteiro. A eleição de Donald Trump, diga-se, foi a resposta que a maioria, excluída por esse fascismo das minorias, deu nas urnas nos EUA.

Sabe quem vibra no Brasil com eventos dessa natureza? A extrema-direita, os brucutus. Tudo o que essa gente quer é que o Pedro II se transforme numa milícia de minorias. Isso serve para excitar o discurso do rancor.

Os esquerdopatas adultos que comandam essa patuscada são, antes de mais nada, criminosos. E os jovens invasores são nada além de massa de manobra de seus delírios totalitários.

E, claro, outros totalitários estão acompanhando tudo muito atentamente. Essa esquerda mixuruca é o melhor cabo-eleitoral de que a extrema-direita dispõe. Bando de energúmenos!

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