Vamos receber Pizzolato com panelaço
Ex-diretor de marketing utilizava o passaporte de um irmão morto
Henrique Pizzolato é preso na Itália com passaporte falsoPergunta: Henrique Pizolatto ainda pode recorrer e tudo indica que recorrerá, mas você acha que ele tem alguma chance de ver seus advogados ganharam a tese de que ele sendo um cidadão italiano, ele não pode vir cumprir sua pena de crimes cometidos no Brasil, aqui?
Resposta: Não se pode dizer que Pizzolato, que foi vice-presidente de marketing do Banco do Brasil, e seus advogados não são insistentes. O estado democrático de direito permite esse amplo recurso à defesa, e seus advogados estão apelando para o fato de ele ter cidadania italiana, e por isso ter direito a cumprir a pena a qual foi condenado aqui no Brasil, de mais de doze anos, lá no seu segundo país.
É bom citar que é segundo país, porque você fica lendo noticiário e fica tendo a impressão que esse camarada é italiano. Ele nasceu e foi criado no Brasil, tem sangue italiano, é descendente de italianos, e não tem por que cumprir pena na Itália por um crime gravíssimo que ele cometeu no Brasil.
Aliás, é peculiar e emblemático. Ele, afinal, foi a prova definitiva de que foi usado dinheiro público do Banco do Brasil no esquema de corrupção chamado mensalão. Além do mais, ele confirmou o fato de ser criminoso quando fugiu para a Itália e não se submeteu, ao contrário dos outros petistas que foram réus no processo, ao julgamento do Supremo Tribunal Federal.
Ele, e principalmente uma figura que apareceu agora, que é o sogro dele, vivem dizendo que o julgamento foi político e repetindo as lorotas que o Lula conta. A verdade é que um país democrático, que dá amplo direito de defesa aos réus, como é a Itália, já confirmou, agora pela terceira vez, o tribunal administrativo de Lazio confirmou a decretação da extradição pelo ministério da justiça e pelo tribunal de Módena.
São três confirmações, ele ainda pode recorrer a uma quarta, mas a verdade é que cada vez que ele recorre e perde fica claro que o julgamento no Brasil usou todos os recursos de defesa, foi limpo e não político, e o mensalão não é um crime político, é furto de dinheiro nosso.
O Pizzolato é a grande prova disso. Está, agora, marcada sua volta para o Brasil no dia 15 de junho. Vamos recebê-lo aqui com um panelaço, não é?
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