Vista de fora, corrida eleitoral vai melhor para Aécio Neves

Vista de fora, a corrida eleitoral brasileira vai melhor para o candidato oposicionista Aécio Neves. Não se trata mais de deslumbramento, que por semanas marcou o desempenho de Marina Silva. Existe sobriedade entre analistas e a imprensa que realmente cobre com atenção o que ocorre no Brasil, especialmente essa corrida eleitoral.

Para ficar na metáfora esportiva, um influente jornal, o Financial Times, logo no começo da semana, ressaltou que Aécio Neves tem o pique e está em ascensão na corrida contra a presidente Dilma Rousseff.

De novo, tudo com cautela: um dos mais influentes relatórios lidos pela comunidade internacional de investidores e observadores é a da empresa de consultoria de riscos Eurasia. Ela ainda mantém um ligeiro favoritismo a Dilma na corrida, mas com viés de baixa.

Mesmo a Revista The Economist, a mais influente do mundo, ainda atribui o favoritismo à presidente, embora em editorial tenha endossado Aécio Neves. O argumento da publicação é de que o candidato tucano merece ganhar, “tem o melhor programa de Governo”, “melhor equipe” e “o Brasil precisa mudar”.

Dilma Rousseff respondeu de forma previsível ao endosso dado pela The Economist ao competidor. A presidente disse que a revista suspeita de seus laços com o sistema financeiro internacional, estratégia de “marquetagem” para colar Aécio Neves com as elites.

A The Economist basicamente é uma revista informada e independente. Ao longo da história já endossou políticos em qualquer parte do mundo conservadores e liberais, de esquerda e de direita. Nos EUA, já endossou George W. Bush e também Barack Obama, o atual presidente, duas vezes.

No final das contas era previsível o posicionamento da Economist. A grande notícia teria sido a contrária: o endosso da revista a Dilma Rousseff. E o que a presidente teria dito? Que está honrada com o apoio da melhor revista do mundo?

A Jovem Pan Nova Iorque volta a chamar sua sede em São Paulo, Brasil.