A Voz do Brasil é entulho do varguismo que pretende impor a visão do Estado

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2014 16h14

Programa radiofônico "A Voz do Brasil" começou a ser transmitido em 1935 Reprodução/Twitter Logo de "A Voz do Brasil"

Joseval Perixoto comenta editorial do Estadão intitulado “A resistente Voz do Brasil”, que fala sobre o programa de rádio obrigatório, que passa todos os dias às 19h.

Em vez de ser extinto, uma vez que não corresponde ao regime democrático, a Voz do Brasil pode ser consagrada pelo Congresso um patrimônio cultural imaterial do Brasil, e passaria a ser intocável.

Foi pensando nessa característica que Getúlio Vargas mandou criar o programa na década de 1940 (diz Joseval Peixoto). “A ideia é que pudesse ser atribuída ao Brasil uma única voz, a do ditador”.

O que se pretende é impor a visão do Estado e, se possível, salvar as aparências de um Congresso entregue a escândalos e oportunismos, avalia Joseval. “É risível, portanto, o esforço dos congressistas para proteger esse entulho do varguismo revestindo aspas de utilidade pública”.

Citando genéricos levantamentos, o levantamento diz que a Voz do Brasil seria a única fonte de informação de 80 milhões de brasileiros localizados principalmente na perifaria de grandes centros, nas áreas rurais e nas pequenas e novas cidades.

A voz do Brasil é danosa, diz o Estado, por ser uma imposição diária da transmissão de “notícias” chapa branca, que não têm a menor importância, a não ser para um punhado de políticos.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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