The Wall Street Journal exalta juiz da Lava Jato Sérgio Moro

  • Por Jovem Pan - Nova Iorque
  • 20/10/2015 13h27
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Capa do influente jornal destaca que "decisão da Suprema Corte ameaça dificultar o sucesso anticorrupção obtido por Sérgio Moro"

Reprodução The Wall Street Journal exalta juiz da Lava Jato Sérgio Moro

O sempre influente The Wall Street Journal abre passagem, em reportagem de alto de página, para o juiz Sérgio Moro, explicando a seus leitores americanos e do mundo inteiro que ele passou a ser uma figura cultuada no Brasil, menos, é claro, para fatias de poder político e empresarial.

Os ouvintes que são familiares com a missão do juiz de Curitiba precisam ter paciência, pois eu faço questão de detalhar o didatismo do Wall Street Journal. O diário financeiro enfatiza que o juiz, um juiz, adjudica o vasto escândalo de corrupção da Petrobras, emitindo mandados e sentenças contra alguns dos mais poderosos executivos do Brasil.

O jornal detalha o culto de Moro, com bonecos inflados em protestos e os aplausos que ele recebe ao entrar em restaurantes. No entanto, existe a lembrança sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal em Brasília tirando alguns dos casos das mãos do juiz de Curitiba, o que ameaça o seu legado. É aquilo que está sendo conhecido como fatiamento, o que levou muitos no Brasil a temer que a barco em si da jornada contra a corrupção do Brasil afunde sem Sérgio Moro no timão.

O juiz Moro não deu declarações ao Wall Street Journal, mas advogados entrevistados pelo jornal alertam que o fatiamento pode enfraquecer as investigações e levarem muito gente a perder a confiança na Operacão Lava-Jato.

O jornal lembra que nos últimos meses, o juiz Moro conferiu sentenças de prisão que eram impensáveis tempos atrás no Brasil e cita os exemplos dos 15 anos de prisão para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e os 20 para o ex-diretor da Petrobras Renato Duque.

Advogados de defesa de acusados na Operacão Lava-Jato, é claro, reclamam do culto a personalidade de Moro, advertindo que prejudica o sistema judicial brasileiros, mas procuradores rebatem que o juiz merece a visibilidade, além de ser alguém que não se intimida.

Ao final da reportagem, o Wall Street Journal cita algo que o juiz Sérgio Moro disse num evento em São Paulo de que é preocupante quando o pagamento de propina se torna banal em um país.

Da minha parte, nada contra o culto de Sérgio Moro, uma figura nada banal no Brasil de hoje e eu espero que amanhã e sempre.

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