The Wall Street Journal exalta juiz da Lava Jato Sérgio Moro
Capa do influente jornal destaca que "decisão da Suprema Corte ameaça dificultar o sucesso anticorrupção obtido por Sérgio Moro"
The Wall Street Journal exalta juiz da Lava Jato Sérgio MoroO sempre influente The Wall Street Journal abre passagem, em reportagem de alto de página, para o juiz Sérgio Moro, explicando a seus leitores americanos e do mundo inteiro que ele passou a ser uma figura cultuada no Brasil, menos, é claro, para fatias de poder político e empresarial.
Os ouvintes que são familiares com a missão do juiz de Curitiba precisam ter paciência, pois eu faço questão de detalhar o didatismo do Wall Street Journal. O diário financeiro enfatiza que o juiz, um juiz, adjudica o vasto escândalo de corrupção da Petrobras, emitindo mandados e sentenças contra alguns dos mais poderosos executivos do Brasil.
O jornal detalha o culto de Moro, com bonecos inflados em protestos e os aplausos que ele recebe ao entrar em restaurantes. No entanto, existe a lembrança sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal em Brasília tirando alguns dos casos das mãos do juiz de Curitiba, o que ameaça o seu legado. É aquilo que está sendo conhecido como fatiamento, o que levou muitos no Brasil a temer que a barco em si da jornada contra a corrupção do Brasil afunde sem Sérgio Moro no timão.
O juiz Moro não deu declarações ao Wall Street Journal, mas advogados entrevistados pelo jornal alertam que o fatiamento pode enfraquecer as investigações e levarem muito gente a perder a confiança na Operacão Lava-Jato.
O jornal lembra que nos últimos meses, o juiz Moro conferiu sentenças de prisão que eram impensáveis tempos atrás no Brasil e cita os exemplos dos 15 anos de prisão para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e os 20 para o ex-diretor da Petrobras Renato Duque.
Advogados de defesa de acusados na Operacão Lava-Jato, é claro, reclamam do culto a personalidade de Moro, advertindo que prejudica o sistema judicial brasileiros, mas procuradores rebatem que o juiz merece a visibilidade, além de ser alguém que não se intimida.
Ao final da reportagem, o Wall Street Journal cita algo que o juiz Sérgio Moro disse num evento em São Paulo de que é preocupante quando o pagamento de propina se torna banal em um país.
Da minha parte, nada contra o culto de Sérgio Moro, uma figura nada banal no Brasil de hoje e eu espero que amanhã e sempre.
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