Youssef é solto e Congresso quer mudar regra de delação premiada
A quinta-feira (17) será um dia emblemático para a Lava Jato. O doleiro Alberto Youssef, um dos primeiros delatores da operação, deixa a cadeia depois de 2 anos e 8 meses preso. Ele ainda vai cumprir quatro meses de prisão domiciliar, mas em condições bem melhores.
Hoje ele está cela de 12 m² e a partir de sexta vai ficar em um confortável apartamento em frente ao parque do Ibirapuera.
No caso de Youssef as penas poderiam ficar em 122 anos somadas. Mas, de acordo com a legislação brasileira, o doleiro cumpriria no máximo 30 anos de cadeia, mas fechou acordo de delação por 10% da pena.
Havia a dúvida se o acordo seria homologado, já que Youssef tinha descumprido acordo de delação lá atrás, com o próprio juiz Sergio Moro, no caso do Banestado. Mas graças a ele, começamos a entender a extensão do esquema do petrolão.
Enquanto isso, o Congresso quer mexer nas delações. Os parlamentares querem passar regra para que, se as delações vazarem, os delatores deixem de contar com o benefício.
A questão que fica é se isso é justo, já que muitas vezes não são os delatores que vazam, mas as próprias autoridades.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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