2015 será centrado na discussão do petrolão, avalia historiador
O historiador da USP Marco Antonio Villa participou do Jornal da Manhã desta sexta-feira (19) e comentou os principais assuntos do dia.
Para Villa, orçamento, reforma política, nada será mais importante que o escândalo de corrupção na Petrobras no debate político no ano que vem. “Em 2015, o Brasil vai ficar centrado na discussão do petrolão”, avaliou.
O pesquisador ainda acusa. “Luiz Inácio Lula da Silva, é ele o chefe do petrolão. Nada disso teria acontecido se ele não tivesse nomeado (Sergio) Gabrielli (ex-presidente da Petrobras), se Dilma não tivesse nomeado Graça Foster (atual presidente da companhia)”, disse.
Villa também relatou algumas incongruências do caso. “(Pedro) Barusco (ex-diretor de serviços da Petrobras) vai devolver 97 milhões de dólares; é estranho o gerente roubar mais que o diretor”, sugeriu.
Outro caso debatido na participação do historiador no jornal foi o mensalão. Villa mostrou-se indignado por Marcos Valério, publicitário operador do esquema, ter sido condenado a 37 anos de prisão, enquanto agentes políticos, como Dirceu e Genoino já estão cumprindo pena em regime aberto, “livres”. Villa lembrou de frase do ministro do Supremo, Ricardo Lewandowski. “Todo mundo votou com a faca no pescoço”, disse em 2007. “A tendência era amaciar para o Dirceu”.
Para o historiador, porém, as condenações no petrolão são inevitáveis. “Dessa vez a pizzaria não vai funcionar”, disse Villa em resposta a ouvinte que perguntou se os políticos não iriam escapar da cadeia, se o caso não terminaria em “pizza”.
A artilharia de críticas de Marco Antonio Villa atingiu a política atual do governo Dilma também. “Temos 39 ministros – ela já nomeou três, só faltam três dúzias. Nós não temos orçamento, não temos ministros, só falta descobrir se temos presidente”, disparou.
Confira a participação completo do historiador Marco Antonio Villa no Jornal da Manhã no áudio acima.
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