Constantino: ‘Algumas pessoas ganharam certo gosto pelo que está acontecendo na pandemia’

Declaração foi dada pelo comentarista durante a edição do programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta segunda-feira, 26

  • Por Jovem Pan
  • 26/04/2021 18h13 - Atualizado em 26/04/2021 20h43
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Ministro Marcelo Queiroga Saúde Nesta segunda-feira, Queiroga admitiu dificuldades na distribuição da segunda dose da vacina

Em audiência no Senado Federal, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu que os Estados e municípios respeitem as regras do Plano Nacional de Imunizações (PNI), afirmando que o momento não é de polemizar e citando dificuldades para entregar a segunda dose da Coronavac. Segundo o ministro, apesar dos números altos, a quantidade de casos e mortes pela Covid-19 sofrem redução no país e a vacinação está em andamento. De acordo com Queiroga, abril deverá terminar com 26 milhões de doses entregues. Sobre os atrasos na chegada da vacina e de insumos, o ministro reiterou que os problemas são administrativos e não envolvem questões diplomáticas. Por fim, Queiroga ressaltou que o governo está negociando a aquisição de kits intubação, mesmo sendo responsabilidade de Estados e municípios.

Ao falar sobre o assunto durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta terça-feira, 26, o comentarista Rodrigo Constantino disse que as vacinas contra a Covid-19 foram vendidas como salvação e que isso não se confirma, afirmando que pessoas gostaram das restrições impostas durante a pandemia. “Venderam as tais vacinas como a grande panaceia, e não é verdade. Muitos que falam da vacina falam que vamos ter que continuar usando máscara ad infinitum. Tem gente que gostou dessa brincadeira e fazendo restrições, lockdown e tudo mais. Tem gente que ganhou um certo gosto pelo que está acontecendo nesta pandemia. Essa que é a triste realidade”, disse Constantino. O comentarista também criticou a politização da pandemia e afirmou que Queiroga está tentando “acalmar os ânimos” da população. “Ele está tentando prestar esclarecimentos e acalmar os ânimos, mas é muito difícil porque a politização tem sido enorme nessa pandemia desde o começo. Exploração da pandemia para fins políticos, eleitorais ou então ideológicos, no caso de quem não tem nenhum apreço pelas liberdades individuais”, continuou.

Além disso, o comentarista falou sobre a situação de falta de vacinas em diversos países do mundo, citando a Índia, que teve uma piora nas últimas semanas, como exemplo. “O Brasil é o quarto ou quinto país que mais vacinou em termos absolutos. Não canso de repetir que, aqui, o número absoluto importa justamente pelo que estamos vendo agora. Falta vacina geral. Os Estados Unidos estão anunciando agora doação de vacinas da AstraZeneca. A Índia, que é um grande exportador para o mundo está tendo que parar a exportação e está recebendo doações porque a coisa saiu de controle lá, ao que tudo indica por conta de uma variante muito agressiva que está assustando o mundo todo.  A Índia tinha ótimos números, usa tratamento preventivo faz tempo, hidroxicloroquina e tudo mais, e agora teve um salto assustador por conta dessa nova variante”, disse Constantino, que concluiu, citando o caso do Uruguai. “O Uruguai vacinou muito mais e está com uma curva exponencial, passou o Brasil de largada”.

Confira a íntegra da edição do programa 3 em 1 desta segunda-feira, 26:

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