Constantino critica posicionamento do TSE sobre apuração das Forças Armadas: ‘Por que temem?’
Comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, repercutiram a nota do TSE sobre a apuração dos votos das eleições 2022
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou uma nota à imprensa nesta segunda-feira, 12, para ressaltar que as Forças Armadas não terão um “acesso diferenciado” no acompanhamento da apuração de votos nas eleições de 2022. O posicionamento refere-se à noticias veiculadas de que o Comando de Defesa Cibernética do Exército faria uma apuração paralela através da checagem de 385 boletins de urnas eletrônicas. Segundo o órgão, “não houve nenhuma alteração do que definido no primeiro semestre, nem qualquer acordo com as Forças Armadas ou entidades fiscalizadoras para permitir acesso diferenciado em tempo real aos dados enviados para a totalização do pleito eleitoral pelos TREs, cuja realização é competência constitucional da Justiça Eleitoral“. O assunto foi tema no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta segunda-feira, 12.
O comentarista Rodrigo Constantino criticou o posicionamento do TSE e questionou o motivo do órgão temer a transparência. “Hoje acordei com essa notícia feliz. Acho que as Forças Armadas podem fazer o que tiver ao seu alcance. Nunca vai endereçar o cerne da questão. Não é auditável esse modelo que temos. É um processo opaco, centralizado e o cerne de questão está na não materialização do voto e na não possibilidade de aferição pública. Isso não tem nada que as Forças Armadas possam fazer para solucionar. Mas é óbvio que elas mais em cima, talvez conseguindo uma contagem paralela em algumas urnas aleatórias, gera desconforto para eventuais golpistas de dentro do sistema, que sempre foi o meu maior medo. Hacker é uma coisa que me assusta muito menos do que gente de dentro. Mas ao longo do dia foi desmentido. E nem isso a turma do TSE quer dar as Forças Armadas. Por que temem tanto assim mais transparência?”, comentou.
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