Constantino diz que MEC é alvo de ‘disputa de grupos ideológicos’ e pede fim do ministério
Comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, analisaram o áudio do ministro da Educação que indica um suposto esquema para envio de recursos à prefeituras indicadas por pastores evangélicos
Um áudio gravado com a participação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, levantam suspeitas para atuação de dois pastores como articuladores de um esquema informal de liberação de verbas da pasta. O caso se tornou alvo de uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) e um pedido de convocação do ministro para depor na Câmara dos Deputados, assinado pelo congressista Rogério Correa. Milton afirma que prioriza as prefeituras indicadas pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, líderes da igreja Ministério Cristo para Todos, para atender a uma solicitação de Jair Bolsonaro. Na gravação, o ministro ainda alega que o presidente receberá apoio das igrejas em troca das verbas liberadas pelo MEC aos prefeitos aliados.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino afirmou que a o discurso de Jair Bolsonaro de que não há corrupção em seu governo “fica prejudicada” após a divulgação do áudio e defendeu o fim do Ministério da Educação. Segundo o analista, “toda essa montanha de recursos na mão do Estado vai ser sempre disputa de feudos, de grupos políticos e ideológicos para tentar beneficiar a sua visão de mundo”. Constantino também afirmou que os recursos do MEC já priorizaram “a turma da esquerda” e que houve uma mudança no “critério”, mas que é “inevitável” a tentativa de interferência na pasta “para beneficiar e favorecer, de alguma forma aqueles grupos, aqueles prefeitos, aquelas matérias que atendem mais o grupo que está no poder”.
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