Constantino diz que Moro tem ‘destino melancólico’ na política: ‘Está colhendo o que plantou’

A aprovação de Luciano Bivar com pré-candidato à Presidência pelo União Brasil frustrou os planos do ex-juiz

  • Por Jovem Pan
  • 14/04/2022 17h43 - Atualizado em 14/04/2022 17h45
Reprodução/Jovem Pan Rodrigo Constantino falando em frente ao microfone da Jovem Pan. Atrás, uma estante de livros. Ele tem cabelo curto castanho, usa óculos de grau cinza e blazer preto com camisa azul por baixo Reprodução/Jovem Pan

O União Brasil confirmou nesta quinta-feira, 14, Luciano Bivar como pré-candidato à Presidência da República. A aprovação, desta forma, frustra os planos de Sergio Moro, que se filiou há pouco mais de uma semana e mirava a disputa pela vaga de chefe do Executivo pela legenda. De acordo com o comentarista Rodrigo Constantino, do Grupo Jovem Pan, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública tem um “destino melancólico” na política. “Há um denominador comum nesse destino melancólico do Moro. Todos que traíram o Bolsonaro e a própria nação têm destinos melancólicos na política. Joice Hasselmann, MBL, Alexandre Frota, Rodrigo Maia e o próprio Moro. O Moro se mostrou inábil em política, imaturo, afoito, oportunista e está aí colhendo os frutos que ele plantou. É triste para quem depositou confiança nele. É um discurso patético. É tudo muito ridículo”, disse durante o programa “3 em 1”.

Constantino também apontou outra contrariedade do discurso de Moro, que tenta se consolidar como a melhor opção para a chamada “terceira via”. “Vamos lembrar que o Moro estava dizendo que o Bivar era uma das grandes soluções para a democracia brasileira. Agora, ele tem que entubar essa indicação, sem muito grito. Veja, o União Brasil é uma união de saco de gatos. É o que restou do PSL após o racha por conta do Bolsonaro e o DEM, que tem alguns com inclinação mais liberal. É engraçado quando falam que a turma que está com o presidente é Centrão, mas esse pessoal não pode ser considerado Centrão? Aí é a primeira contravenção. O Moro quer salvar o Brasil de um governo que, até pouco tempo, tinha ele como ministro. Ele demoniza o governo porque se aproximou do Centrão, mas ele quer salvar o país junto com outro Centrão”, analisou o comentarista da JP.

Através de sua no Twitter, Moro disse que segue como “um soldado da democracia, estimulando a composição para romper a polarização politica”. O ex-juiz, no entanto, não jogou a toalha e ainda pode concorrer à presidente da República. Recentemente, em evento nos Estados Unidos, ele afirmou que “ainda está jogando”, ou seja, participando do grupo que pode concorrer às eleições presidenciais em outubro. Isso porque o União Brasil, o MDBPSDB Cidadania, costuram uma candidatura única de terceira via. Sendo assim, é possível que Bivar não se torne oficialmente o candidato ao Palácio do Planalto e que Moro entre como uma opção. O representante do bloco será escolhido no dia 18 de maio. Estão no páreo, além de Bivar, o ex-governador João Doria (PSDB) e a senadora Simone Tebet (MDB). O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), apesar de não ter sido escolhido durante as prévias do PSDB, “corre por trás” para se tornar uma alternativa viável para a terceira via.

 

 

 

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