Constantino diz que oposição ‘demoniza’ Bolsonaro e não quer ‘saber de trégua e união’

Durante sua participação no programa 3 em 1 desta quarta-feira, 24, comentarista também criticou o governo de São Paulo, dizendo que o Estado é o epicentro da pandemia no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 24/03/2021 18h10
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO -22/03/2021 O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto Criação de grupo de combate à Covid-19 foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta quarta-feira, 24

Após mais de um ano do início da pandemia de Covid-19, o governo federal criou um grupo de combate ao coronavírus. O Comitê será formado por governadores, ministros e pelo Congresso Nacional. A criação do grupo foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta quarta-feira, 24, um dia após o Brasil registrar um novo recorde de mortes diárias por Covid-19, com 3.251 vítimas fatais. No anúncio, o mandatário disse que a reunião com os membros do comitê foi marcada pela “unanimidade” e pela dedicação pela vacinação em massa no Brasil. “A vida em primeiro lugar. Resolvemos, entre outras coisas, que será criada uma coordenação junto aos governadores, com o senhor presidente do Senado Federal. Da nossa parte, um comitê que se reunirá toda semana com autoridades para decidirmos ou redirecionarmos o rumo do combate ao coronavírus. A unanimidade, a intenção de nós, cada vez mais, nos dedicarmos a vacinação em massa no Brasil. Tratamos também de possibilidade de tratamento precoce, isso fica a cargo do ministro da Sáude, que respeita o direito e dever do médico”, afirmou Bolsonaro. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, anunciou que não irá compor o grupo.

Ao falar sobre a criação do comitê de enfrentamento ao coronavírus, o comentarista Rodrigo Contantino disse, durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, que a medida “vem tarde” e trata-se de uma sinalização maior  do que qualquer  “medida concreta” defendida. “A concertação que está sendo liderada pelo presidente, eu acho que ela vem tarde, mas é muito mais simbólica, é sinalização de alguma coisa, do que qualquer medida concreta que possa surtir o efeito que alguns esperam. Porque acreditam em oposição como do Doria ou como da mídia de que se houvesse outro presidente no comando, mais ligado às ações enérgicas que os governadores defendem, praticam e não surtem resultado, efeito algum, se não fosse um negacionista, as coisas estariam diferentes”, afirmou Constantino, que continuou, dizendo que a oposição a Bolsonaro não está interessada em uma trégua para combater a pandemia. “Como a mídia, essa ala da imprensa que faz oposição ao governo junto dos tucanos, porque é uma mídia militante, eles não querem saber de trégua, eles não querem saber de união. Eles nunca quiseram. Eles querem continuar com a narrativa que demoniza o presidente”, afirmou Constantino.

Além disso, o comentarista criticou o governo do Estado de São Paulo, dizendo que a unidade federativa é, no momento, o epicentro da pandemia de Covid-19 no Brasil e afirmando que a gestão de João Doria (PSDB) “não tem bons resultados” no enfrentamento ao coronavírus. “O Estado de São Paulo, que talvez seja, agora, o epicentro do problema no Brasil e, como eu já disse várias vezes, o governador não tem lugar de fala sequer. Não tem bons resultados para apresentar. Ele teve autonomia, delegada e garantida pelo próprio Supremo, e ele está com esse discurso porque ele está só pensando em eleição e transferir culpa e responsabilidade”, afirmou Constantino. O comentarista também falou sobre a não participação de Fux no comitê, dizendo que considera a decisão correta. “O Fux não pode participar mesmo por uma questão técnica. O STF é a última instância do Judiciário, por mais capenga que seja, falemos disso depois, mas não deveria se imiscuir de assuntos políticos, já faz isso em demasia na minha visão”, afirmou.

Confira a íntegra da edição do programa 3 em 1 desta quarta-feira, 24:

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