Constantino: privatização do SUS é ‘não debate’ criado pela extrema esquerda para atacar Bolsonaro

Esclarecimento de Paulo Guedes sobre polêmica que fez Bolsonaro voltar atrás com decreto de estudo sobre de privatização de UBS foi tema de debate no 3 em 1 desta quinta-feira, 29

  • Por Jovem Pan
  • 29/10/2020 18h21 - Atualizado em 29/10/2020 18h30
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Andre Borges/Agência Brasília/06.07.2018 Imagem de Unidade Básica de Saúde em Paranoá-DF

O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou nesta quinta-feira, 29, que “privatizar o SUS é insanidade” ao esclarecer o decreto que previa um estudo de parceria com a iniciativa privada para construção e reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBS) no Brasil. Ele afirmou que essa foi uma das “dez decisões que toma por dia” e que a proposta foi feita por uma funcionária da pasta após denúncias de que mais de 4 mil construções de unidades foram paralisadas na metade por falta de verbas. “Aparentemente a minha secretária especial foi tentar estender a mão para ajudar a saúde e já cortaram a mão dela em três minutos. Já virou logo ‘tentou privatizar o SUS’”, criticou Guedes. O assunto foi tema de debate dos comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, nesta quinta.

O comentarista Rodrigo Constantino afirmou que “apontar o dedo para Paulo Guedes” é desviar dos reais responsáveis pela polêmica. “Falaram em privatização do SUS. Quem falou isso? Foi governo? O Paulo Guedes? Quem falou isso foi a extrema esquerda que estava em busca de uma pauta, um pretexto para acusar o Bolsonaro e o governo. É a única coisa que eles sabem fazer na vida”, disse. Ele citou que outras privatizações, como a dos Correios e da Eletrobras, não andaram por causa do Congresso e que o governo federal tem cumprido uma “agenda virtuosa” com aqueles projetos que não dependem dos deputados. “É muita inversão, só que as pessoas percebem fora da bolha que há uma má vontade incrível e uma agenda de só atacar e só criticar, como nesse caso ridículo do SUS. Isso é um não-debate”, afirmou.

Para Thais Oyama, que considera o debate do estudo proposto pelo governo como bom, mas imposto em uma péssima hora, a incongruência nas falas do presidente e dos representantes de pastas ministeriais, que ora anunciam um plano e ora voltam atrás, causa grandes danos para a população. “Esse vai e vem não só é ridículo, mas acaba com a credibilidade do país e gera cadeia: acaba com a credibilidade, gera insegurança, provoca fuga de capitais. Qual é o investidor que vai botar seu dinheiro em um país que parece que está sendo governado por um bando de malucos que hora falam uma coisa e hora desfalam a mesma coisa?”, questionou. “Essas brigas, esse vai e vem, essas falas desencontradas não trazem só vergonha para o país, trazem também prejuízo real e concreto pro bolso dos brasileiros”. Josias de Souza criticou o posicionamento de Paulo Guedes: “Não se deve perder de vista que se os indicadores fiscais não forem retirados da UTI, quem vai pagar essa conta é o brasileiro. É com isso que o ministro deveria se preocupar, não ficar criando uma polêmica atrás da outra e se imiscuindo em áreas de outros ministérios. O ministro tem uma tarefa que é hercúlea, se ele se concentrar nessa tarefa é muito difícil de realizá-la, mas se ele dispersa, aí é que fica difícil”, garantiu.

Assista ao programa 3 em 1 desta quinta-feira, 29, na íntegra:

 

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