Constantino: ‘Tem gente querendo derrubar o Paulo Guedes’

Os comentaristas do 3 em 1, da Jovem Pan, analisaram os últimos desdobramentos entre o presidente Jair Bolsonaro e o seu ministro da Economia, Paulo Guedes

  • Por Jovem Pan
  • 26/08/2020 18h14 - Atualizado em 26/08/2020 18h19
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Ministro da Economia afirma que redução dos impostos para pessoas físicas e empresas será recomposta pela taxação de dividendos Ministro da Economia afirma que redução dos impostos para pessoas físicas e empresas será recomposta pela taxação de dividendos

O presidente da República, Jair Bolsonaro, criticou a proposta do Renda Brasil, apresentada a ele pela equipe econômica chefiada pelo ministro Paulo Guedes nesta semana. Bolsonaro afirmou que o projeto está suspenso e que não vai “tirar (recursos) dos mais pobres” para abastecer o novo programa, apresentado como substituto do Bolsa Família. A fala dele aconteceu nesta quarta-feira, 26, em Minas Gerais. Na avaliação do comentarista Rodrigo Constantino, do 3 em 1, da Jovem Pan, o presidente não está “fritando” Paulo Guedes e que o ministro da Economia sempre será “quem quer cortar gastos” no governo.

Para Constantino, “tem gente querendo derrubar o Paulo Guedes”. “Eles odeiam tanto o presidente Bolsonaro que preferem que isso aconteça, mas a má notícia é que Paulo Guedes está lá firme e forte. E vamos ver como isso vai ser resolvido. Provavelmente não será com o desfecho que os inimigos da nação querem”, disse. Para ele, não há risco de Guedes sair da pasta, mas “uma parte da imprensa que adota postura de militante tenta fomentar intrigas e enxergar incêndio onde sequer há fumaça. Isso é o que mais me espanta”, disse. Na avaliação de Josias de Souza, no entanto “se há alguém querendo derrubar o Paulo Guedes, esse alguém se chama Jair Bolsonaro”. “Já se sabia que ele cozinhava a agenda de reformas do ministro em banho-maria, mas desse vez, ele inovou e jogou logo o prestígio de seu ministro na fornalha”, diz. Para ele, Bolsonaro vem demonstrando que “não tem apreço pela responsabilidade fiscal” do País. “O auxílio emergencial exerceu sobre a popularidade do presidente um efeito anabolizante, virou uma espécie de bolsa popularidade. E ele tem operado no modo reeleição e não abre não de criar o Renda Brasil, mas isso tem um custo: ou fura o teto de gastos ou promove as reformas do Ministério da Economia”.

A jornalista Thaís Oyama acredita que o presidente “espinafrou” ao falar em público sobre a proposta de Guedes, um de seus principais ministros. “Ele poderia ter dito isso em uma reunião reservado. Ele desautorizou o seu ministro da Economia em público. O Big Bang, nome dado ao pacote do governo, pariu um rato. O governo mais uma vez passou a impressão de que não tem comando, está perdido e não sabe pra onde vai”, disse.

Assista à íntegra do 3 em 1 desta quarta-feira, 26:

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