Deputado explica pedido de impeachment de Weintraub: ‘Não tem competência suficiente’

  • 06/02/2020 18h57
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados O deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES) deu entrevista ao 3 em 1 nesta quinta-feira (6)

O deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES) afirmou, em entrevista ao programa 3 em 1 nesta quinta-feira (6), que o pedido de impeachment protocolado por parlamentares no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi motivado pela “incompetência” do economista.

Ele faz parte do grupo de 28 congressistas (26 deputados federais e dois senadores) que fizeram o pedido à Corte nesta quarta-feira (5). “O ministro [Weintraub] não tem demonstrado competência suficiente para ser ministro”, disse Rigoni.

O grupo usa episódios recentes, como a crise do Enem, para justificar o pedido de impeachment. Para Rigoni, há muitas evidências de que Weintraub cometeu crime de responsabilidade.

Um dos supostos crimes citados por Rigoni é a não utilização de uma verba de R$ 1 bilhão recuperada pela operação Lava Jato que esteve à disposição do Ministério da Educação em 2019. Como o dinheiro não foi utilizado, acabou indo para o Tesouro Nacional e não poderá voltar ao orçamento da pasta.

Felipe Rigoni afirmou que Weintraub está “se desligando da tomada” e também culpou o presidente Jair Bolsonaro pela crise na educação. “É também responsabilidade do presidente da República substituir os ministros, mas ele [Bolsonaro] não faz isso. É uma escolha do governo manter um gestor com esse nível de incompetência na frente da principal pasta”, afirmou o parlamentar.

O deputado ainda explicou que não é só o Ministério Público que pode entrar com pedidos de impeachment contra servidores. “Quando isso não é feito, e existem evidências claras de crime de responsabilidade, é prerrogativa de qualquer cidadão pedir o impeachment”, disse.

Nesta quinta-feira, o ministro do STF Ricardo Lewandowski foi sorteado para ser o relator do pedido de impeachment na Corte. A votação, no entanto, não tem prazo para acontecer.

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