Lula apresenta recibos com erros e sem datas: falsificação ou engano?
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato na 1ª instância, recibos referentes ao pagamento de aluguel de apartamento que fica ao lado de onde o petista mora, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Durante depoimento a Moro, em 13 de setembro, Lula foi questionado sobre os documentos e prometeu entregá-los. Os advogados do petista apresentaram um contrato de locação com a assinatura da ex-primeira-dama Marisa Letícia, falecida em fevereiro de 2017.
Também foram entregues 26 recibos de pagamento de aluguel, referentes ao período entre agosto de 2011 e dezembro de 2015. Os documentos, porém, não correspondem a todos os meses do calendário, sendo que alguns deles apresentam datas inexistentes. Outros aparecem com erros de digitação.
O Ministério Público Federal acusa o ex-presidente de ter recebido o apartamento, que está em nome de Glaucos Costamarques, como vantagem indevida da Odebrecht. Em depoimento ao juiz Sergio Moro, Costamarques disse que nunca recebeu aluguel do apartamento, embora tenha constado em sua declaração o pagamento. Afirmou ainda que comprou o imóvel a pedido de seu primo, o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
No 3 em 1 desta terça-feira, Patrick Santos mediou debate entre Vera Magalhães, Carlos Andreazza e Marcelo Madureira, que criticaram o estado dos recibos e apontaram indícios de falsificação.
Vera destacou a ingerência jurídica do ex-presidente Lula. Para ela, os recibos complicam a situação do petista. Andreazza afirmou que os erros nos documentos são inferiores diante da história do apartamento. Madureira apontou que qualquer documento vindo da defesa de Lula tem o mesmo valor de uma nota de três reais.
Confira o debate completo no 3 em 1:
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