Piperno defende ‘monitoramento diário’ para definir cancelamento do carnaval: ‘É necessário mais informação’
Comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, debateram medidas relacionadas ao combate da Covid-19 e à nova variante ômicron e discutiram a realização ou não das festas de ano-novo e carnaval em 2022
A probabilidade de disseminação da variante Ômicron em nível global é alta, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na manhã desta segunda-feira, 29. A OMS ainda alertou que, em decorrência das 50 mutações presentes na variante, há a possibilidade de um novo surto de Covid-19, que pode gerar “consequências graves” para os locais atingidos pela nova onda. “Dependendo dessas características, pode haver surtos futuros da Covid-19, que podem ter consequências graves, dependendo de uma série de fatores, incluindo nos locais onde os surtos podem ocorrer. O risco global geral relacionado à nova variante de preocupação Ômicron é avaliado como muito alto”, disse a organização em um comunicado.
O Reino Unido convocou uma reunião emergencial do G7 para discutir medidas para conter a disseminação da Ômicron. O encontro entre as sete maiores economias do mundo está marcado para acontecer nesta segunda-feira. Participaram do encontro os ministros da Saúde do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. O governo do Japão anunciou que vai retomar nesta segunda-feira o veto a entrada de novos residentes estrangeiros no país. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, decretou a volta da obrigatoriedade do uso de máscara em estabelecimentos comerciais e transporte público, além da realização de testes de detecção para viajantes.
Durante o programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta segunda-feira, 29, o comentarista Fábio Piperno analisou as movimentações de combate à nova variante do coronavírus e falou sobre o possível cancelamento das festas de ano-novo e carnaval, dizendo que ainda são necessárias mais informações sobre a nova cepa e sobre o avanço da variante no Brasil. “É necessário mais informação. Para tomar esse tipo de atitude mais radical em relação ao carnaval, acho que temos que aguardar isso, até porque a indústria do carnaval tem que ter previsibilidade também. Todo mundo envolvido com isso investe e ai você chega lá em fevereiro e fala ‘temos uma nova cepa, não poderemos ter carnaval’. Quem paga essa conta? Da mesma forma, você não pode irresponsavelmente falar ‘liberou geral e vamos resolver isso depois’. O monitoramento tem que ser diário e a todo instante para termos melhores informações e a partir disso tomar as melhores decisões”, afirmou Piperno.
Além disso, o comentarista também opinou sobre se acharia correto cancelar o carnaval e o ano-novo, dizendo ser contrário ao cancelamento do primeiro agora, mas defendendo o cancelamento das celebrações na virada de ano. “O carnaval é mais distante. Eu não cancelaria. Aguardaria mais informações. No caso do réveillon, sim. Ate o carnaval a gente vai ter mais e melhores informações. Em relação ao réveillon não, porque, inclusive, já tem gente circulando pelo Brasil suspeita de ter trazido essa nova cepa”, concluiu Piperno.
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