‘Saída de Dallagnol do MP alimenta narrativa do PT’, analisa Constantino
Comentarista do programa 3 em 1 analisou a movimentação política do ex-procurador e afirmou que, aliada à ida de Moro para o governo Bolsonaro, ela fortalece narrativa da esquerda sobre politização da Lava-Jato
O ex-coordenador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, deixou o Ministério Público. O anúncio foi feito nas redes sociais do ex-procurador na tarde desta quinta-feira, 4. Em vídeo publicado no Twitter, Dallagnol diz que sempre sonhou com um “país mais justo e melhor”, e que deseja transformar a sociedade pela cidadania. “Minha vontade é fazer mais, fazer melhor e fazer diferente diante do desmonte do combate à corrupção que está acontecendo”, afirma Dallagnol. No material, entretanto, o ex-procurador não detalha qual será seu futuro, mas dá a entender que poderá seguir uma carreira política, algo similar ao que o ex-juiz Sérgio Moro está fazendo. “Eu creio que agora eu posso fazer mais pelo meu país fora do Ministério Público, lutando com mais liberdade pelas causas em que eu acredito”, acrescentou Dallagnol. A expectativa é de que o ex-procurador se filie ao Podemos, mesmo partido que receberá Sérgio Moro.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino disse que entende a decisão de Dallagnol no âmbito pessoa, mas considera que sua saída, somada à movimentação política de Sérgio Moro, pode alimentar a narrativa do PT sobre a politização da Lava-Jato. “De uma certa forma, a decisão do Deltan Dallagnol, compreensível no âmbito individual e até mesmo na descrição que ele faz do cenário político de enfraquecimento da operação na qual ele contribuiu muito para tornar um fator de esperança para muitos brasileiros, alimenta a narrativa dos bandidos e principalmente do PT, a maior organização criminosa e política do Brasil, de que foi uma operação politizada. De alguma maneira, a ida de Moro para o governo Bolsonaro e agora procurando a qual cargo político se candidatar, e o Deltan Dallagnol (saindo do Ministério Público) alimenta essa narrativa. É inegável”, analisou Constantino.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.