‘Seria melhor não ter essa viagem agendada’, diz Constantino sobre ida de Bolsonaro à Rússia
Comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, analisaram a ida do presidente Jair Bolsonaro à Rússia nesta segunda-feira, 14, e as possíveis consequências da viagem presidencial
Após as sucessivas ameaças russas de invasão à Ucrânia, os Estados Unidos ressaltaram que a entrada dos militares comandados por Putin em território ucraniano pode acontecer a qualquer momento. Norte-americanos, sul-coreanos, japoneses e holandeses foram orientados a deixar a Ucrânia por conta do possível conflito. Em meio ao clima de tensão, o presidente Jair Bolsonaro irá viajar à Rússia e o mandatário já afirmou que não tem interesses políticos e sim metas comerciais com o país comandado por Vladimir Putin. “Sabemos o ambiente difícil que existe naquela região. Temos negócios com eles, comerciais. Em grande parte, nosso agronegócio depende dos fertilizantes deles. […] Temos muitas coisas para tratar. O Brasil é um país soberano.”
Durante sua fala ao programa 3 em 1, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino afirmou que seria melhor se a viagem do presidente Bolsonaro não fosse agendada. Porém, uma vez que o compromisso foi firmado, as consequências geopolíticas de descumpri-lo seriam piores. “Em primeiro lugar, óbvio que não é um bom ‘timing’ para a viagem. Mas a pergunta que a gente tem que fazer, quando constata isso, é: uma vez que já estava marcada a viagem, o que o presidente pode fazer? Porque desmarcar, também tem um custo geopolítico, um custo diplomático.” Constantino também pontua que, independente da escolha do presidente em viajar ou não, as críticas pela imprensa aconteceriam. “E não precisamos sequer mencionar aqui, que se o presidente optasse por esse caminho, muitos na mídia que estão criticando a ida, estariam criticando o cancelamento falando que ele é subserviente aos Estados Unidos. Cara eu ganho, coroa você perde. Qualquer coisa que o presidente fizer, ele vai ser atacado por estes que estão no papel de fazer militância de oposição e não análise. Então é uma situação delicada. É óbvio que seria melhor não ter essa viagem agendada. O foco da viagem é comercial.”
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